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Carne, pão, tomate: cesta básica atinge maior preço do ano em Ribeirão Preto; veja a composição dos alimentos


Em alta de 1,92%, produtos básicos somados custam, em média, R$ 724,52 e equivalem a 55% do salário mínimo, segundo instituto de pesquisas da Acirp. Alta do dólar, mercado aquecido e questões climáticas ajudam a explicar alta dos preços, de acordo com especialistas. Pão francês é um dos alimentos que mais tiveram alta nos preços em Ribeirão Preto em novembro
Arquivo/g1
Da carne ao tomate, do pão francês à banana, em novembro, os consumidores de Ribeirão Preto (SP) pagaram mais caro pelos alimentos, com a cesta básica mais alta registrada em 2024, de acordo com o Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-ACIRP).
Com uma elevação de 1,92% em relação a outubro, o preço médio do kit de alimentos chegou a R$ 724,52, o equivalente a 55% do salário mínimo.
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A pesquisa “Cesta Básica de Alimentos” foi realizada no dia 25 deste mês em 15 supermercados e padarias localizados em diferentes regiões da cidade. O levantamento leva em conta os alimentos previstos como básicos para a nutrição de uma pessoa adulta, segundo o decreto-lei 399/1938. São eles:
Carne Alcatra (6 Kg)
Leite de Caixinha (7,5 l)
Feijão Carioca (4,5 Kg)
Arroz Branco Tipo I (3 Kg)
Farinha de Trigo sem fermento (1,5 Kg)
Batata Inglesa (6 Kg)
Tomate Italiano (9 Kg)
Pão Francês (6 Kg)
Café em Pó (0,6 Kg)
Banana Nanica (90 unidades)
Açúcar Cristal (3 Kg)
Óleo de Soja (0,8 l)
Margarina com Sal (0,75 Kg)
Destes, a carne é a que mais compromete o orçamento, com 45% da cesta básica, seguida pelo pão francês, com 14,46%, e pelo tomate, com 8,66%.
A carne também foi o alimento que mais encareceu entre outubro e novembro, com alta de 14,97%. Óleo de soja, com elevação de 9,94%, e açúcar cristal, com 7,73%, aparecem na sequência como os que mais tiveram aumento nos preços.
Alimentos como a batata inglesa (-24%) e a banana nanica (-20%) fecharam o período com retração de preços.

Na cotação dos preços por região, os pesquisadores também chegaram a valores inferiores da cesta básica, mas também superiores, chegando a R$ 821,14 no Centro.
Zona Oeste: R$ 675,60
Zona Norte: R$ 691,98
Zona Leste: R$ 699,15
Zona Sul: R$ 783,04
Centro: R$ 821,14
Clima, dólar e demanda
Na avaliação do instituto de pesquisas, três fatores podem ter impactado diretamente no aumento dos preços da cesta básica em novembro.
clima
economia aquecida
valorização do dólar
Tomate é um dos alimentos que mais subiram de preço em Ribeirão Preto em novembro de 2024
Valdinei Malaguti/EPTV
Como exemplo, os especialistas citam que o preço da carne ao consumidor final – o que responde por quase a metade do valor da cesta básica – é diretamente impactado pela elevação das despesas com alimentação, medicamentos e manejo do gado, principalmente com insumos como milho e soja.
Além disso, longos períodos de estiagem, como os observados este ano, levaram os pecuaristas a utilizar rações suplementares.
Em complemento a isso, a demanda em alta tanto do mercado interno quanto do mercado externo, sobretudo na China, reduz a oferta dentro do território nacional e pressiona os preços.
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