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Colégio militar compra esmaltes, bebidas alcoólicas e paga serviço de barbearia


Segundo as denúncias, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que gerencia a verba do colégio, tem feito gastos não justificados e que não condizem com o cotidiano escolar. Compra de bebida alcoólica aparece em prestação de contas de escola militar, em Goiânia
Pais de alunos do Colégio Estadual da Polícia Militar – Unidade Vasco dos Reis, em Goiânia, denunciam que a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), que gerencia a verba do Colégio, tem feito gastos não justificados e que não condizem com o cotidiano escolar. Entre os itens, há gastos com chope, barbearia e almoço de comandantes.
À TV Anhanguera, a advogada Maria Tereza Caetano da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, do Colégio Estadual da Polícia Militar – Unidade Vasco dos Reis disse que a bebida alcoólica foi comprada para uma festa em que pais e alunos não foram convidados.
“A associação fornece essa confraternização que tem bebida alcoólica que não é nada anormal dentro da nossa sociedade e ela trás benefícios para os próprios alunos. Professores tem engajamento, sensação de pertença, se sentem integrados e tem relacionamento de trocas com outros professores. Eles tem um engajamento melhor e eles dão uma entrega melhor para seus alunos. Então, acaba que ainda que não haja participação dos pais dos alunos há sim um reflexo disso em todo o ambiente escolar”, diz advogada.
A advogada fala ainda sobre os eventos de integração que são promovidos com alunos de outras unidades da instituição. “2% da arrecadação visa justamente essa integração entre os colégios, tem alguns eventos que eles fazem a reunião de todos os colégios. Inclusive, trazem alunos dos colégios militares do interior para cá e fazem essa interface entre colégios e obviamente esses eventos demandam despesas”, completa Maria Tereza.
Despesas
Nos documentos, que não são disponibilizados para os pais dos alunos, há a descrição de gastos com chope, almoço de comandantes, serviços de social mídia, esmalteria, barbearia e até mesmo com serviço de policiamento. Há também o registro de bonificações e doações sem o detalhamento das respectivas justificativas.
Entre os registros, as despesas com almoços de comandantes somam R$ 8 mil , com barbearia R$ 1,3 mil, com chope R$ 3,2 mil, e com esmalteria R$ 214. Além disso, há doações e bonificações com valores de R$ 2 mil reais e que chegam até R$ 5 mil.
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Em nota, o Comando de Ensino da Polícia Militar, responsável pelos Colégios Militares, esclareceu que a APMF, do Colégio Estadual da Polícia Militar – Unidade Vasco dos Reis, é “uma entidade de direito privado, gerido por uma equipe composta por integrantes da Comunidade Escolar, tendo total autonomia sobre as receitas e despesas, e não sofrendo nenhuma interferência por parte da Polícia Militar, tão pouco pelo Comando de Ensino”.
Em outro trecho, o Comando de Ensino da Polícia Militar salientou que as reclamações serão encaminhadas à diretoria da APMF, para apuração e esclarecimentos dos fatos.
Colégio militar compra esmaltes, bebidas alcoólicas e paga serviço de barbearia, em Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Medo
À TV Anhanguera, a mãe de um dos alunos que estudam no Colégio, afirmou que sente medo ao cobrar da APMF os documentos referentes à prestação de contas.
“Quando a gente vai cobrar uma prestação de contas limpa, transparente, no que a gente vai atrás para que haja mudanças, a gente é ameaçado, a gente é amedrontado, por se tratar de uma instituição policial”, afirmou.
De acordo com ela, os pais têm medo de ir ao Comando de Ensino da Polícia Militar e denunciar as situações que têm acontecido.
Colégio Estadual da Polícia Militar – Unidade Vasco dos Reis, em Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Nota do Comando de Ensino da Polícia Militar na íntegra
“O Comando de Ensino da Polícia Militar, esclarece que a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, do Colégio Estadual da Polícia Militar – Unidade Vasco dos Reis, é uma entidade de direito privado, gerido por uma equipe composta por integrantes da Comunidade Escolar, tendo total autonomia sobre as receitas e despesas, não sofrendo nenhuma interferência por parte da Polícia Militar, tão pouco pelo Comando de Ensino.
De tal modo, salientamos que as reclamações vão ser encaminhadas a diretoria da APMF, para apuração e esclarecimentos dos fatos”.
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