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Inverno começa com temperaturas acima da média e sem previsão de frio intenso até o fim de julho em Campinas


Apesar do clima mais ameno em comparação a outros períodos do ano, inverno de 2024 deve ser marcado por temperaturas até 2ºC acima da média por mês, aponta Cepagri. IMAGEM DE ARQUIVO: Sol e tempo limpo durante inverno em Campinas
Reprodução/EPTV
A principal e mais típica característica do inverno – o frio – está fora das primeiras previsões do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri/Unicamp) para a estação na região de Campinas (SP).
O período, que começa nesta quinta-feira (20), não deve trazer grandes mudanças para o tempo na região. De acordo com o Cepagri, pelo menos até o fim de julho, não há indicativos de frio intenso.
A nova estação chega oficialmente às 17h51 e, em seus primeiros dias, deve manter as condições de tempo firme e seco. Além disso, as temperaturas devem ficar acima da média para o mês, com máximas de 28ºC e mínimas de 14ºC até sexta (21)– sem falar na baixa umidade de 25% a 30%.
Ao g1, o meteorologista Bruno Bainy, do Cepagri, explicou que os próximos dias são uma amostra do que está por vir. A expectativa é de um inverno ameno, sem frio rigoroso e bastante seco. Confira a projeção completa abaixo.
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Como é um inverno clássico na região de Campinas?
Meteorologicamente falando, o inverno na região é definido pelo período de junho, julho e agosto que, juntos, reúnem características típicas dessa época – como temperaturas mais baixas e tempo seco. Os dias não tendem a ser completamente frios no trimestre, mas o calor é menos frequente do que nos outros meses.
É que, no inverno campineiro, as temperaturas variam de acordo com a passagem das frentes frias, que também são responsáveis pela ocorrência de chuva – diferentemente do que ocorre durante o verão, quando as tempestades também podem ocorrer por conta de outros sistemas, como a zona de convergência do Atlântico Sul.
🌡️ Ao longo dos três meses, as mínimas e máximas tendem a variar de 12,4ºC a 27,2ºC, conforme a média histórica mostrada no gráfico abaixo:

Esse ano vai ser diferente?
Considerando a média histórica, o inverno desse ano pode, sim, ser diferente. A expectativa, segundo o meteorologista, é de que as temperaturas fiquem de 1ºC a 2ºC acima do usual. “É uma anomalia grande, considerando uma média mensal. De um dia para o outro a gente não percebe a diferença de um grau a mais ou a menos. Ao longo de um mês, essa anomalia é bem marcante”.
Dessa forma, porém, é preciso se atentar a dois pontos importantes:
🌤️ As temperaturas devem ficar acima da média na maior parte do mês, com pouca influência das frente frias – que devem manter a característica litorânea, sem que se aproximem muito da região.
⛅ Isso não significa que haverá uma nova onda de calor em pleno inverno – ou, pelo menos, não há qualquer previsão disso até agora. Na verdade, as temperaturas devem ser ligeiramente mais altas do que a média para essa época.
Resumindo: nada impede que a metrópole tenha um dia ou outro de frio mais intenso ou chuva, embora essas características não sejam esperadas com muita frequência. No entanto, de modo geral, este deve ser um inverno ameno em questão de frio e chuva.
Ano atípico
A previsão para a estação que chega nesta quinta é um reflexo do ano atípico que, desde o início, tem registrado pouca ocorrência de chuva e registro de ondas de calor. “Essa questão das temperaturas foi, principalmente, influência do El Niño. Ele acaba limitando a atuação das frentes frias na região. Em geral, elas não vêm com tanta intensidade ou são desviadas para o oceano”, detalha Bainy.
Porém, o cenário já está mudando. “Em maio, as anomalias de temperaturas que caracterizam e determinam a ocorrência do El Niño e da La Niña também passaram a estar numa faixa considerada de neutralidade. A gente, agora, não está mais sob influência direta do El Niño, apesar de que ainda devemos ter alguns resquícios dele nos próximos meses”, completa.
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Bruno Bainy lembra que, apesar da projeção para os próximos meses, o cenário pode variar. Isso porque o tempo sofre influência constante de fatores que precisam ser monitorados diariamente. “A previsão climática sazonal é uma caracterização do período como um todo, é uma perspectiva”, alerta o meteorologista.
“A gente ainda depende da previsão do tempo, no dia a dia, para fazer uma melhor quantificação de eventos específicos. Vai passar uma frente fria? Quanto pode chover, quanto pode esfriar? A gente pode ter, por exemplo, um mês que feche com chuva abaixo da média, mas com um evento de chuva intensa, inclusive, causando transtornos”.
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