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Linha de ônibus do Jardim Nova Aliança lidera reclamações de passageiros em Ribeirão Preto, SP


Usuários reclamam da falta de cumprimento de horários, veículos lotados e da necessidade do micro-ônibus para chegar à última região do bairro, onde há condomínios residenciais. Sempre que precisa de ônibus para chegar ao trabalho, o diarista Mário Mussuelli Marques enfrenta algum tipo de problema em Ribeirão Preto (SP). Em um dos vídeos gravados por ele durante o trajeto para o bairro Jardim Nova Aliança, na zona Sul da cidade, ele mostra peças quebradas no veículo.
“É muito humilhante, sem contar que cansa muito. A gente demora mais ou menos duas horas e meia de casa até o serviço da gente e é transportado sem segurança, com preço alto e ônibus sujo e sucateado”, diz.
Em março deste ano, a linha do Jardim Nova Aliança foi a que mais recebeu reclamações de usuários do transporte público. Foram 22 queixas registradas, segundo dados obtidos pelo portal ACidadeOn.
As 10 linhas com mais reclamações:
305 – Jardim Nova Aliança: 22 reclamações
204 – City Ribeirão: 16 reclamações
199 – Circular 1: 15 reclamações
808 – Jardim Cristo Redentor: 12 reclamações
730 – Parque Portinari: 10 reclamações
299 – Circular 2: 9 reclamações
108 – Jardim Presidente Dutra: 9 reclamações
337 – Lagoinha / Ipiranga: 9 reclamações
147 – Jardim Irajá / Monte Alegre: 8 reclamações
402 – Ribeirão Verde I: 8 reclamações
Passageiros do transporte público de Ribeirão Preto, SP, reclamam da linha Jardim Nova Aliança
Cacá Trovó/EPTV
De acordo com a Empresa de Trânsito e Transporte Público (Transerp), os principais problemas apontados pelos passageiros são falhas operacionais, como o não cumprimento de horários e itinerários, e tempo grande de parada nos pontos.
“Tem hora que vem três ônibus, um atrás do outro, e depois fica 20 minutos sem passar nenhum. É difícil porque a gente sai cansada. Eu não entro em ônibus lotado, eu fico esperando o outro”, reclama a empregada doméstica Rose Marinho.
Ponto de ônibus lotado no Jardim Nova Aliança Sul em Ribeirão Preto, SP
Cacá Trovó/EPTV
A passageira reclama ainda do percurso da linha. É que quem precisa chegar aos condomínios no fim da Avenida Luiz Eduardo de Toledo Prado ainda tem que pegar uma van. As condições, segundo Rose, não são nada boas.
“Já passou da hora desse ônibus subir essa avenida até lá em cima, tirar essa van, porque tem muita gente. De manhã as vans sobem lotadas.”
Além da passagem de R$ 5, é preciso desembolsar R$ 1,80 pelo micro-ônibus, as chamadas vans. Aos domingos e feriados, por exemplo, Mário não consegue trabalhar porque os veículos não rodam.
“Uma das nossas reivindicações é que os ônibus terminem de seguir pela Avenida Luiz Eduardo de Toledo Prado. Hoje ele vem até o Shopping Iguatemi, dá a volta e volta pro terminal rodoviário. Nós que trabalhamos para o final da avenida onde tem muitos condomínios de casa, a gente tem que ficar no tempo aguardando para pegar a van. E eu não posso trabalhar de domingo e nem de feriado porque a van não funciona”.
Passageiros desembarcam de micro-ônibus do transporte público de Ribeirão Preto, SP
Cacá Trovó/EPTV
A diarista Vera Lúcia diz que ao descer no último ponto da avenida, na maioria das vezes, a van já saiu e demora a passar de novo para que ela possa chegar ao destino final.
“Demora demais e a gente perde a van. Eu fico revoltada, a gente levanta muito cedo. Eu pego o primeiro ônibus onde eu moro, chego na rodoviária e não tem ônibus. Chego aqui e a van já foi. Precisa melhorar.”
Rose ainda sugere uma solução para a Transerp atender à necessidade dos usuários.
“Os ônibus podiam subir até o fim da avenida pelo menos nos horários de pico”.
Ônibus circula pelo Jardim Nova Aliança Sul em Ribeirão Preto, SP transporte público
Cacá Trovó/EPTV
Dinheiro disponível
No fim de 2022, a Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto autorizou a Prefeitura a repassar R$ 70 milhões da Prefeitura para o Consórcio Pró-Urbano, detentor da operação do transporte público na cidade, para melhorar a frota e a distribuição de linhas na cidade.
A promessa é de que metade da frota seja trocada até o fim deste ano e o restante em 2024. Os novos ônibus, de acordo com a prefeitura, precisam ter Wi-Fi, entrada USB, suspensão pneumática e ar-condicionado.
Mas, até agora, passageiros dizem que não viram melhorias. “O bairro cresceu e a empresa não atende a necessidade dos usuários. A gente viu que já foi liberado o dinheiro do ônibus e a gente se sente lesado em todos os sentidos”, reclama Mário.
O que diz a Transerp
Em nota, a Transerp informou que vai verificar no sistema sobre a reclamação. Caso seja constatada necessidade de adequações na operação da linha do Jardim Nova Aliança, solicitará alterações ao Consórcio PróUrbano.
Quanto ao investimento no transporte coletivo urbano na cidade, a Transerp disse que prefeitura tem entregado obras dos corredores de ônibus para melhorar a qualidade da operação dos ônibus.
“Ainda vale destacar que uma nova rede está sendo criada para operação do transporte coletivo na cidade, juntamente com a substituição da frota dos ônibus por novos veículos com ar-condicionado, suspensão a ar e internet gratuita.”
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