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Mais de 5,6 mil crianças no AC não receberam nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana entre 2019 e 2021, alerta Unicef


Ao todo, 5,3 mil não receberam nenhuma dose da vacina contra a pólio no mesmo período. Mais de 5,6 mil crianças no AC não receberam nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana entre 2019 e 2021, alerta Unicef
Odair Leal/Sesacre
Mais de 5,6 mil crianças não receberam nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana (DTP) no Acre entre os anos de 2019 e 2021. É o que aponta o relatório “Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação”, lançado pelo Unicef nesta quinta-feira (20). O documento faz um alerta importante sobre a vacinação infantil no Brasil ao longo de 3 anos.
Segundo o estudo, o Acre é responsável por 0,36% das crianças sem nenhuma vacina DTP no Brasil. Em todo país, 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose da tríplice bacteriana.
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A DTP protege contra três doenças:
Difteria: causada por uma bactéria transmitida pela saliva, produz toxinas que podem levar à insuficiência cardíaca e paralisia.
Tétano: provoca rigidez muscular progressiva e pode ocasionar insuficiência cardíaca. A transmissão acontece quando um ferimento entra em contato com bactérias presentes na terra, poeira ou fezes.
Coqueluche: infecção que atinge o sistema respiratório causada por uma bactéria transmitida por meio da saliva, tosse e espirros.
“Essas crianças foram deixadas para trás, ficando desprotegidas de doenças sérias e evitáveis. As crianças nascidas pouco antes ou durante a pandemia agora estão ultrapassando a idade em que normalmente seriam vacinadas, ressaltando a necessidade de uma ação urgente para alcançar aquelas que perderam as vacinas e prevenir surtos e a volta de doenças já erradicadas no Brasil, como a pólio”, explicou Youssouf Abdel-Jelil, representante do Unicef no Brasil.
A vacina é indicada para bebês a partir de dois meses e sua administração deve seguir o esquema adotado pelo Programa Nacional de Imunizações, que recomenda três doses: com dois, quatro e seis meses de vida, mais dois reforços.
Mesmo quem teve tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche deve ser imunizado, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.
Para uma criança ser considerada imunizada, ela precisa tomar todas as doses recomendadas de cada vacina e seus reforços, quando indicados.
Vacina contra pólio
Os dados da pólio são praticamente os mesmos: 5,3 mil não receberam nenhuma dose da vacina no mesmo período de três anos no Acre. No ano passado, a campanha de imunização contra a pólio no estado teve a pior cobertura vacinal do país, com 38,6% do público-alvo vacinado.
A poliomielite – também conhecida como paralisia infantil – é uma doença causada por um vírus e geralmente provoca consequências graves, como perda dos movimentos, dificuldade ao falar, alterações no crescimento, e até paralisia completa dos membros.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças contra a pólio a partir de 2 meses até menores de 5 anos. As três doses do esquema básico devem ser dadas aos dois meses, aos quatro meses e aos seis. Também são indicadas duas doses de reforço como gotinhas: uma aos 15 meses e outra aos quatro anos de idade.
Recomendações
Para reverter esse quadro, o Unicef faz algumas recomendações:
Identificar e alcançar urgentemente todas as crianças, especialmente àquelas que perderam a vacinação durante a pandemia de Covid-19;
Fortalecer a demanda por vacinas, inclusive construindo confiança;
Priorizar o financiamento de serviços de imunização e atenção primária à saúde;
Reforçar os sistemas de saúde, incluindo investimento e valorização de profissionais de saúde, em sua maioria mulheres.
Baixa cobertura no mundo
O relatório traz também os números globais da vacinação infantil: 48 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da tríplice bacteriana (DTP) nos anos analisados. Foram coletados dados de 112 países.
Em 2019: 13,3 milhões de crianças não receberam vacina
Em 2020: 16,5 milhões de crianças não receberam vacina
Em 2021: 18,2 milhões de crianças não receberam vacina
O relatório examina a situação das crianças em todo o mundo e aponta as lacunas que precisam ser preenchidas para garantir o acesso infantil às vacinas. Segundo o documento, apesar do progresso inegável ao longo das décadas, a cobertura de imunização caiu ou estagnou em muitos lugares.
Os pesquisadores apontam que a Covid-19 colaborou para a queda na cobertura infantil, e esse declínio deve servir como um alerta para que os países voltem a priorizar a vacinação de rotina.
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