Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que, mesmo assim, estado ficou abaixo da média nacional que alcançou 53,2%. Veja outros dados abaixo. Alunos na sala de aula no RS.
Seduc/Divulgação
O Rio Grande do Sul alcançou a marca de 51,4% das pessoas com 25 anos ou mais de idade que concluíram, no mínimo, o ensino médio, em 2022. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta quarta-feira (7), essa é a primeira vez, na série histórica da pesquisa, que esse percentual ultrapassa 50% da população.
Mesmo assim, o estado ficou abaixo da média brasileira que atingiu 53,2%. Destaca-se também o percentual de pessoas com o ensino superior completo no estado, que subiu de 17,1% em 2019 para 19,6% em 2022.
Esta é a primeira divulgação do módulo de Educação após a pandemia. Devido à redução na taxa de aproveitamento da amostra, causada pela mudança na forma de coleta durante o período de distanciamento social, a divulgação do suplemento foi suspensa em 2020 e 2021, retornando agora com os resultados para 2022.
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Outros dados da pesquisa
População de 25 ou mais:
53,3% das mulheres tinham concluído o ensino médio.
49,5% dos homens concluíram o ensino médio.
54,3% das pessoas de cor branca haviam completado, no mínimo, o ciclo básico.
39,4% das pessoas de cor preta ou parda concluíram o ciclo básico.
Em Porto Alegre, 70,8% das mulheres e 71,4% dos homens de 25 anos ou mais tinham concluído pelo menos o ensino médio em 2022. Na análise por cor ou raça, a diferença se acentua: 76,0% dos brancos e 53,2% dos pretos e pardos.
Entre aqueles que não completaram a educação básica no estado, 2,3% não tinham instrução, 31,2% tinham o ensino fundamental incompleto, 9,9% tinham o ensino fundamental completo e 5,2%, o ensino médio incompleto.
Rede pública atendia 71,2% dos estudantes no RS
Em 2022, a rede pública de ensino atendia a maior parte dos estudantes desde a creche até o ensino médio, sendo responsável por 74,6% dos alunos na creche e pré-escola, 86,4% dos estudantes do ensino fundamental regular e 87,7% do ensino médio regular.
Por outro lado, a rede privada atendeu a maior parte dos estudantes de cursos de ensino superior, especialização, mestrado e doutorado. Em 2022, 74,3% dos estudantes de graduação frequentavam uma instituição de ensino privada. Nos cursos de pós-graduação, a rede privada foi responsável por 74,5% dos alunos.
13,9% dos jovens não estudava nem estava ocupado
No Rio Grande do Sul, em 2022, havia 2,3 milhões de pessoas de 15 a 29 anos de idade. Dentre essas pessoas, 13,9% não estavam ocupadas nem estudando; 21,1% estavam ocupadas e estudando; 22,8% não estavam ocupadas, porém estudavam; e 42,2% estavam ocupadas e não estudando.
Das mulheres entre 15 e 29 anos, 18,8% não estavam ocupadas, nem estudando ou se qualificando e, dos homens, 9,5%. Por outro lado, 22,0% das mulheres da mesma faixa etária e 20,3% dos homens trabalhavam e estudavam. Outros 34,6% das mulheres e 49,1% dos homens apenas trabalhavam, enquanto 24,7% das mulheres e 21,1% dos homens apenas estudavam ou se qualificavam.
Com relação a cor ou raça, 22,0% das pessoas brancas trabalhavam e estudavam, percentual maior do que entre as pessoas de cor preta ou parda (18,3%). O percentual de pessoas brancas apenas trabalhando (43,3%) e apenas estudando (23,0%) também foi superior ao de pessoas de cor preta ou parda. Por outro lado, o percentual de pessoas pretas ou pardas que não estudavam e não estavam ocupadas foi consideravelmente maior que o de pessoas brancas, 20,6% contra 11,7%.
Analfabetismo é maior entre idosos e pretos e pardos
A taxa de analfabetismo apurada no Rio Grande do Sul para 2022 foi de 2,5%, o que equivale a 232 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas. Dessas pessoas, 26,3% (61 mil) viviam na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2016, o estado oscilou entre a quarta e a quinta menor taxa no país, sempre equivalente a menos da metade da média brasileira, que chegou ao seu menor valor em 2022, com 5,6%.
Segundo a pesquisa, no Rio Grande do Sul o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2022, eram 150 mil analfabetos com 60 anos ou mais no estado, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 6,8% para esse grupo etário. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no indicador: 4,0% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 2,8% entre aquelas com 25 anos ou mais e 2,5% entre a população de 15 anos ou mais.
Na análise por cor ou raça, há diferença entre pessoas brancas e pretas ou pardas. Em 2022, 2,0% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 4,3% entre pessoas de cor preta ou parda.
No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcançou 5,2% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 14,9%. Neste grupo etário, comparando-se os dados de 2022 com 2019, nota-se uma queda de 1,3 p.p. para as pessoas pretas e pardas.
A taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2022, foi de 2,6%, enquanto a dos homens foi de 2,4%. Para a faixa etária mais velha, nota-se que a taxa das mulheres foi superior à dos homens, alcançando 7,0% em 2022. Esse valor, no entanto, equivale a mais que o dobro do relativo ao grupo de mulheres de 15 anos ou mais.
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