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‘E os namoradinhos?’ Conheça atriz baiana que brinca com solteirice em forma de conteúdo


Goka Maciel faz sucesso com retrospectivas sobre relacionamentos, vídeos que dissecam letras de músicas e humor. Gloria Maciel, a Goka, brinca com a solteirice em conteúdos nas redes sociais
João Regis
A transição entre o fim de um ano e o começo de outro é sempre marcada por reflexões e retrospectivas — dos melhores livros do ano às músicas mais ouvidas — nas redes sociais. Então, por que não transformar em estatística os relacionamentos? É o que faz a atriz e criadora de conteúdo digital Gloria Maciel, a Goka, há pelo menos três anos.
Criada entre Central e Irecê, no sertão baiano, a jovem de 28 anos decidiu transformar em conteúdo as análises pessoais que já fazia sobre a própria vida amorosa. “É uma coisa que eu sempre fiz, de analisar mesmo certos padrões da minha vida que se repetem. Tipo, todos os meus ex-namorados têm nomes bíblicos. Eu me interesso mais por pessoas de tal signo, é uma coisa que eu sempre percebi”, disse em entrevista ao g1.
A referência vem também de outra formação de Goka. Além de artista e criadora de conteúdo digital, ela é “de exatas” — formada em Geologia. Por isso, é acostumada a trabalhar com planilhas, fazendo análises.
Mas os paqueras não precisam ter medo de exposição. Ela garante que preza pela privacidade das pessoas.
“[Eles sabem] Que vão virar dado porque eu não exponho ninguém. Eu não exponho nomes, eu não exponho profissão. E eu não saio pensando: ‘mais um encontro na lua cheia, não sei o quê'”.
De acordo com ela, a memória de canceriana ajuda a catalogar as experiências mesmo tempos após os dates. Em 2024, por exemplo, foram 21 encontros. O último levantamento apontou para uma redução na frequência de nomes bíblicos. Mas a predominância de encontros na lua minguante segue.
Torcida (contra) dos seguidores
Quem acompanha os vídeos de Goka sobre o assunto já deve ter notado brincadeiras de seguidores, que dizem: espero que você nunca namore. Ela também repara. Apesar disso, fica na torcida para que, neste não precise fazer o balanço de relacionamentos que não deram tão certo.
“Eu pensei por diversas vezes [em 2024] que não fosse rolar a retrospectiva porque eu achei que a relação fosse acabar se desenvolvendo, mas aí não rolou”.
Criadora de conteúdo por acaso
Com um trabalho formal na área de Geologia, Goka lembra que usava as redes sociais de modo bem low profile. Mas os amigos tinham acesso a seu antigo perfil fechado, o “Leona Vingativa do Sertão”, onde ela postava suas “gaiatices”.
Em determinado momento, a jovem entendeu que queria mesmo era mesmo ser atriz. Em meados de 2022, arrumou as malas, foi para São Paulo e, em pouco tempo, nasceu um terceiro ofício: criadora de conteúdo digital. Atualmente, ela possui mais de 190 mil seguidores no Instagram e 78 mil no TikTok.
“Meu primeiro vídeo que viralizou foi sofre ficantes, olha pra isso! E aí foi acontecendo. Eu fui pra São Paulo e, em um mês, já estava com 10 mil seguidores. Tanto é que demorou pra eu entender isso como uma profissão”.
Cultura brasileira em destaque
Goka Maciel é atriz e também formada em Geologia
Pedro Martins
O conteúdo de Goka não se resume a amor e resenhas sobre relacionamentos. Como uma atriz “mais dramática”, como ela própria se define, a artista costuma explorar o significado de composições românticas, interpretando as ideias por trás de versos carregados de amor e paixão.
Letras de Djavan estão entre as mais frequentes em seu repertório, que abraça do arrocha aos clássicos da música popular brasileira. “Assim como a coisa da retrospectiva, eu sempre analisei muitas letras. Eu comecei a fazer um pouco, os seguidores pediram mais e, enfim, acabou virando realmente um quadro. Acho que hoje em dia é o meu maior quadro, o que eu tenho mais volume de conteúdo”.
Em meio a isso, ela também traz histórias para os seguidores, como quando apresentou — em slides — a hoje superada briga entre os cantores de pagode Chiclete Ferreira e Igor Kannário, ex-deputado federal. O vídeo é um dos mais antigos publicados por Goka e tem música, humor e valorização à cultura baiana, três elementos constantes no trabalho da artista.
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