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HMS e UPA registram 68 casos de picadas de animais peçonhentos em pouco mais de um mês


Casos de acidentes com animais venenosos aumentam no período chuvoso em Santarém. Especialistas alertam para os cuidados. Picadas por animais peçonhentos aumentam no inverno
Agência Santarém/Divulgação
Francisco José teve um encontro inesperado com um animal peçonhento enquanto tirava o carro da garagem. Ele entrou para a estatística como um dos 68 casos de acidentes com animais venenosos atendidos pelo Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) e pela Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) entre 1º de dezembro de 2024 e 7 de janeiro de 2025.
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“Quando eu pisei na grama no caminho para o carro, só senti um baque no pé. Depois disso, a dor só piorou e o inchaço começou. Então, percebi que tinha sido atacado por uma cobra, busquei ajuda médica e já estou internado aqui no hospital municipal há dois dias”, relatou.
Com o início do período chuvoso, o alagamento de habitats naturais leva cobras, escorpiões e aranhas a migrarem para áreas urbanas, aumentando o risco de acidentes. Segundo os dados do Núcleo de Epidemiologia do HMS e da UPA, do total de 68 atendimentos, 29 foram provocados por arraias, 24 por cobras, 10 por escorpiões e 5 por aranhas.
Paciente foi picada por um escorpião amarelo enquanto limpava o quintal
Agência Santarém/Divulgação
Outro caso recente foi o de dona Isonete Silva, que foi picada por um escorpião amarelo enquanto limpava o quintal.
“Estava juntando as folhas e, quando agarrei com as duas mãos, senti uma pontada e muita dor. Minha mão começou a inchar, senti uns choques e uma dor insuportável. Aí vim para o hospital municipal e estou recebendo tratamento”, contou.
O infectologista do HMS, Dr. Alisson Brandão, destacou que o período chuvoso cria condições ideais para que animais peçonhentos saiam de seus habitats em busca de abrigo.
“A umidade e as enchentes forçam esses animais a deixar tocas e ambientes subterrâneos, invadindo quintais, entulhos e até residências. Isso aumenta os riscos para as pessoas, especialmente em atividades domésticas e ao circular em áreas alagadas ou com vegetação densa”, explicou.
O especialista reforçou medidas preventivas para reduzir esses riscos.
“Manter os terrenos limpos, livres de materiais acumulados, é uma das formas mais eficazes de evitar a presença desses animais. Além disso, ao realizar atividades em áreas de risco, como terrenos baldios ou matas, é essencial utilizar calçados fechados e luvas para proteção. Não se deve esquecer de inspecionar roupas, calçados e toalhas antes de usá-los, pois esses animais podem se esconder nesses locais”, orientou.
Caso ocorra um acidente, Dr. Alisson alertou para práticas inadequadas que podem agravar a situação.
“Práticas como amarrar o local da picada, tentar sugar o veneno ou realizar cortes na pele são extremamente prejudiciais. O torniquete, por exemplo, pode comprometer a circulação sanguínea e causar necrose, enquanto o uso de substâncias caseiras, como álcool ou alho, pode levar a infecções graves”, explicou.
O especialista enfatizou a importância de agir corretamente nesses casos.
“O ideal é lavar o local, manter o membro elevado e procurar imediatamente um serviço de saúde. Se possível, observar as características do animal responsável pela picada ou tirar uma foto pode ajudar no diagnóstico e no tratamento correto”, acrescentou.
No Pronto Socorro Municipal (PSM), os profissionais estão preparados para atender esses casos, com medicamentos específicos, como soros antivenenosos, e uma equipe capacitada para oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes.
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