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Resíduos da produção de vinhos podem ser aproveitados em cosméticos, remédios e alimentos, aponta estudo


Pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas transformam rejeitos da produção de vinhos em materiais benéficos à saúde e ao meio ambiente. Um projeto da Universidade Federal de Alfenas reaproveitou materiais que costumam ser descartados durante a produção de vinhos. A iniciativa transformou o bagaço, a semente, o cabo e a borra das uvas em um material que pode ser utilizado em cosméticos, alimentos e medicamentos.
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Materiais que costumam ser destartados da produção de vinhos são benéficos para a pele
Júlia Reis/g1
A pesquisa começou em fevereiro deste ano e vai continuar por três anos. Segundo o professor responsável pelo projeto, Marcelo Aparecido da Silva, o processo gerou um material rico em propriedades benéficas para o corpo e o meio ambiente.
Uma das possibilidades de aplicação do produto é em cosméticos para tratamento de pele por exemplo. O material extraído dos resíduos combatem os radicais livres, capazes de deixar a pele flácida.
“Os radicais livres lesam, principalmente, o colágeno, aquela proteína que segura a pele. Então, esse é um cosmético que pode ser produzido com as substâncias extraídas do rejeito”, explica o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Marcelo Aparecido da Silva.
Um dos materiais reutilizados pelo projeto da Unifal são os cabos das uvas
reprodução/Unifal
Além das propriedades antioxidantes, o material extraído dos resíduos pode combater bactérias. É por isso que o produto também pode ser aplicado em medicamentos, como os utilizados para curar lesões.
Outra possibilidade de aplicação é na indústria alimentícia. Segundo o professor, o material pode estar presenta na fabricação dos chamados “alimentos funcionais”, ricos em propriedades favoráveis à saúde.
Conforme o professor, os resíduos costumam ser descartados de maneira inadequada, tanto na terra quanto em rios. Assim, o projeto da Unifal também permite um descarte mais sustentável.
Projeto da Unifal reutiliza resíduos descartados na produção de vinhos em cosméticos e remédios
reprodução/Unifal
Ao transformar a importância desse material, o professor também aponta que a ideia pode contribuir para gerar desenvolvimento econômico para agricultores e a indústria do vinho como um todo.
“Esses processos vão gerar, no final, algum produto que tenha um maior valor agregado do que simplesmente redescartar o resíduo. Então, essa é a ideia de gerar desenvolvimento econômico para a região, para os pequenos agricultores que cultivam a uva e até mesmo para as indústrias de vinho”, explica o professor.
Projeto da Unifal pode baratear a produção de vinhos por meio da reutilização de rejeitos
reprodução/Unifal
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