O setor aéreo está otimista por causa da redução no valor das passagens. No acumulado de janeiro a novembro desse ano, os preços caíram, em média, quase 26%, segundo o IBGE. Aumentou a oferta de passagens aéreas para o fim de 2024 e início de 2025.
Chegou o momento tão esperado pela estudante Maria Eduarda Martins: o embarque para Campos do Jordão, no interior de São Paulo, onde vai passar o Natal e o aniversário dela.
“Eu acho que está tudo do jeito que eu sempre sonhei, planejei. Eu estou muito animada para essa viagem”, diz.
As empresas aéreas se prepararam para um período aquecido no setor. A oferta de passagens entre o fim de 2024 e o verão de 2025 aumentou 12% em relação à temporada passada. São quase 30 milhões de assentos disponibilizados em 184 mil voos pelo país.
Como de costume, o viajante está preferindo relaxar de frente para o mar. Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Rio de Janeiro são os destinos nacionais mais procurados.
“A gente já foi para o Nordeste, mas para João Pessoa. Para Maceió é a primeira vez”, conta o auxiliar administrativo Rafael Magno.
“Fortaleza. Natal, Ano Novo… Passar mais um bocado de tempo de janeiro lá também”, diz o pintor automotivo Carlos Eduardo.
Oferta de passagens aéreas entre o fim de 2024 e o verão de 2025 aumenta 12% em relação à temporada passada
Jornal Nacional/ Reprodução
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, prevê um aumento de 20% no movimento de passageiros entre o Natal e Ano Novo, igualando ao patamar de antes da pandemia.
“Pelo menos 560 voos extras agora para esse período de festas. E aí a gente se prepara também, reforçando equipe de segurança, reforçando equipe de atendimento, equipe de limpeza, para oferecer a melhor estrutura para os nossos passageiros”, afirma Rodrigo Côrtes, diretor de operações BH Airport.
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O otimismo no setor aéreo também é por causa da redução no valor das passagens. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, os preços caíram, em média, quase 26%, segundo o IBGE.
Mas quem comprou passagem sem muita antecedência, pode não ter sentido tanto essa redução de tarifa. Em novembro, o preço médio dos bilhetes subiu 22%. Uma das explicações é o aumento da renda da população, que gerou uma procura maior por viagens, especialmente no fim de ano.
“É uma questão mercadológica. Quando você tem um produto escasso, que são as passagens limitadas e muitas pessoas procurando, acaba que o preço tende a elevar mesmo. Depois de janeiro é comum que esses preços se abaixem, se acomodem”, explica Allison Batista, especialista em gestão financeira.
A essa altura, a professora Rafaela Pereira só pensa agora em descansar. Decidiu viajar sozinha para o Rio de Janeiro:
“Repensando o que foi 2024, o que deu certo, o que vou levar para 2025. Um feliz Natal para todo mundo, que o próximo ano venha com muitas energias, muita felicidade e saúde, porque sem saúde não dá”.