O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que mantém o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro para 2026. O chefe do executivo catarinense acredita que o político deverá ser candidato à presidência no próximo pleito e fez referência à situação enfrentada por Lula, antes de vencer as eleições de 2022.
A declaração ao ND Mais aconteceu após entrevista ao Balanço Geral Florianópolis, nessa quinta-feira (19). À reportagem, o chefe do executivo catarinense disse que mantém o apoio à candidatura de Bolsonaro mesmo que o político, atualmente, esteja inelegível.
Jorginho reforça apoio à candidatura de Bolsonaro para 2026
O governador de Santa Catarina e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, são os únicos representantes do PL à frente de estados brasileiros. O chefe do executivo carioca, contudo, descartou que será candidato em 2026. O governador de São Paulo e ex-ministro do governo Bolsonaro, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), em contrapartida, já anunciou que disputará, novamente, o cargo.
Jorginho, então, foi questionado sobre uma possível candidatura à presidência do Brasil, dada inelegibilidade de Bolsonaro, mas descartou a possibilidade. “O Lula estava na cadeia e virou presidente, então, no Brasil, essas mudanças repentinas podem dar ‘dor de barriga’ e se resolver de uma hora para outra. Então, o meu candidato a presidente é Bolsonaro”, disse categoricamente.
O governador catarinense aproveitou para elogiar o governador Tarcísio, que, no entendimento dele, é “extraordinário”. Por outro lado, Jorginho teceu críticas às questões envolvendo o STF.
“Hoje em dia, está muito quente a chapa, essa disputa com o Supremo, isso não contribui com nada. A gente tem que acalmar isso!”, disse o governador de Santa Catarina, ao ND Mais.
Federalização do Porto de Itajaí foi ‘retaliação’, diz Jorginho
Ao falar sobre o cenário político nacional, o Jorginho declarou que há uma espécie de retaliação do goveno Lula em retomar a administração do Porto de Itajaí, após 30 anos.
“Eu não eu não concordo com muitas coisas que estão acontecendo hoje, retaliação política. Santa Catarina sempre foi um estado que fez os deveres de casa, o governo federal nunca deu muita bola pra nós. Por que tomar o porto nosso agora? Só porque o PL ganhou a prefeitura de Itajaí? Não faz isso, isso é feio”, disse.
O chefe do executivo catarinense disse ainda que tentou negociar a manutenção da estrutura com o município, mas que não teve sucesso. “Eu disse a eles: deixa a JBS [Terminais] indicar o diretor do Porto, deixa com a prefeitura. Para que nós sermos subordinados a São Paulo? Isso já deu errado em 1995. As taxas vão pra São Paulo, o controle do Porto, a atracação do Porto, quer dizer, não é inteligente isso”, declarou.