De acordo com o inquérito, servidores ocupavam cargos na Secretaria Geral do Estado em 2018. Os nomes dos indiciados não foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública. Palácio do Araguaia
Divulgação/Vilma Nascimento
Investigações da Polícia Civil do Tocantins concluíram que um suposto esquema de funcionários fantasmas no governo gerou um prejuízo de quase R$ 80 mil aos cofres públicos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os servidores eram contratados na Secretaria Geral de Governo no ano de 2018.
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Quatro inquéritos que investigam funcionários foram finalizados e apontam que eles estavam lotados na secretaria, que tem sede em Palmas, enquanto moravam em Araguaína, que fica à 384 km da capital.
Dois superintenderes da secretaria e quatro funcionários foram indiciados. Os nomes dos investigados não foram divulgados. A secretária-geral da época era Juliana Passarin, ela também foi indiciada. O g1 entrou em contato com defesa dela por meio de mensagens, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
Polícia Civil conclui inquérito que investiga funcionários fantasmas no governo do TO
A ação faz parte da Operação Catarse, que cumpriu mandados de busca e apreensão de documentos que comprovassem as fraudes, em 2019. Segundo a polícia, durante a operação um série de denúncias anônimas foram feitas pela população, dando início a várias investigações.
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Conforme a Divisão Especializada de Repressão à Corrupção o esquema teria funcionado devido o consentimento dos chefes imediatos dos servidores e da secretária da época, que não comunicavam as faltas dos servidores contratados. Veja quais foram os inquéritos finalizados, segundo a SSP:
Inquérito 70/2019 – teve como principal investigada a servidora fantasma de iniciais R.C.F. e apontou que ela recebeu mais de R$ 24 mil pelo contrato temporário de agente de cadastro e informação, durante oito meses, na Secretaria Geral de Governo. Na época ela exercia ocupações habituais em Araguaína.
Inquérito 71/2019 – teve como investigado principal o servidor fantasma de iniciais S.R.S. e apontou que ele teria recebido mais de R$ 19 mil pelo contrato temporário de auxiliar de cadastro e informação, durante oito meses, na Secretaria Geral de Governo. As investigações apontaram que ele exercia a função de corretor de imóveis em Araguaína.
Inquérito 77/2019 – teve como principal investigada a servidora fantasma de iniciais S.S.M. e comprovou que ela recebeu mais de R$ 16 mil pelo contrato temporário de supervisor de suporte e operação, durante oito meses, na Secretaria Geral de Governo. Na época ela exercia ocupações habituais em Araguaína.
Inquérito 81/2019 – teve como investigado principal o servidor fantasma de iniciais W.G.L. e apontou que ele recebeu mais de R$ 13 mil pelo contrato temporário de técnico em suporte e operação. Segundo a polícia, ela compareceu cerca de 20 vezes na 2ª Vara de Execuções Penais de Araguaína, entre maio de 2017 a fevereiro de 2019, para justificar e atualizar suas atividades, sempre informando estar “desempregado” e residir na cidade de Araguaína.
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