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Suspeito de participar de atentado que matou chefe da defesa nuclear da Rússia é preso


General Igor Kirillov após uma explosão em Moscou na terça (17). Agência de Segurança da Ucrânia afirmou à agência Reuters que o país está por trás do ataque. Veja momento da explosão que matou general da defesa nuclear russa em Moscou
Um suspeito de participação no atentado que matou o general Igor Kirilov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, foi preso nesta quarta-feira (18), informou o Comitê de Investigação russo, de acordo com a agência de notícias Reuters. Assista a explosão no vídeo acima.
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Segundo a agência, o comitê afirmou que o suspeito preso é um homem nascido no Uzbequistão. Ele afirmou aos investigadores que foi recrutado pelos serviços de inteligência ucranianos — o que estava sendo informado por diversas agências desde o atentado na terça-feira (17).
A explosão, que também matou um assessor do general, aconteceu em Moscou. De acordo com o Comitê de Investigação russo, uma bomba foi colocada em uma scooter estacionada perto da entrada de um imóvel residencial. O suspeito teria implantado a bomba.
O artefato explosivo foi ativado à distância e tinha cerca de 300g de TNT, reportou a agência estatal russa Tass. A explosão, ocorrida quando Kirillov deixava o edifício, danificou a entrada e várias janelas dos apartamentos.
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General Igor Kirillov, do Ministério da Defesa da Rússia, em imagem de fevereiro de 2023
Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia / via AP
Ucrânia por trás do atentado
Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia, o SBU, confirmou à Reuters, ainda na terça, que a agência de inteligência ucraniana está por trás do ataque. Fontes da BBC nos serviços de segurança ucranianos também afirmaram que o país está por trás da operação.
O ataque foi o primeiro que teve como alvo uma autoridade russa desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O SBU já havia acusado Kirillov de usar armas químicas proibidas durante a invasão militar russa em território ucraniano, que começou em fevereiro de 2022.
Segundo a Reuters, a imprensa ucraniana também credita à Ucrânia o ataque que matou o general russo. O governo ucraniano ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
O SBU afirma que registrou mais de 4,8 mil usos de armas químicas no campo de batalha desde o início da guerra, especialmente granadas de combate K-1.
Em maio, o Departamento de Estado dos Estados Unidos também afirmou que havia registrado o uso de cloropicrina, arma química utilizada pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial, contra as tropas ucranianas.
Kirillov, nomeado chefe das forças de defesa nuclear da Rússia em abril de 2017, foi sancionado por vários países, incluindo Reino Unido e Canadá, por seu papel na Ucrânia.
Corpo do estirado no chão onde o general Igor Kirillov, chefe das Forças de defesa nuclear, biológica e química da Rússia, morreu após explosão em Moscou em 17 de dezembro de 2024.
AP Photo
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