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A23a: Maior iceberg do mundo se desprende e avança para a ‘morte’

O maior iceberg do mundo, chamado A23a, voltou a se mover depois que ficou preso em uma “armadilha” no oceano e está avançando em direção ao Norte, onde provavelmente vai se quebrar em partes menores e derreter.

A23a tem o topo plano, semelhante a uma mesa

A23a tem o topo plano, semelhante a uma mesa – Foto: Derren Fox/BAS/ND

Com 3.800 km², A23a conseguiria abrigar duas cidades de São Paulo e ainda sobraria espaço. O maior iceberg do mundo se desprendeu da Antártida em 1986 e não demorou para ficar preso perto da costa, mas agora, voltou a se mexer.

O trajeto do maior iceberg do mundo

O A23a é monitorado pela BAS (Expedição Antártica Britânica) desde que se desprendeu da Antártica. Devido ao tamanho de sua profundidade, no entanto, ele ficou preso no fundo do Mar de Weddell, no Oceano Antártico.

A pedra ficou estática por mais de 30 anos, se tornando uma enorme “ilha de gelo”. Apenas em 2020, o A23a voltou a se mexer, mas desde abril deste ano, estava preso em uma “armadilha” do mar, uma coluna de água giratória perto das Ilhas Órcades do Sul.

Infográfico da direção em que o maior iceberg do mundo está avançando

Maior iceberg do mundo avança para o Norte – Foto: O Globo/Reprodução/ND

Contudo, o maior iceberg do mundo venceu a correnteza na última sexta-feira (13), afirmou o oceanógrafo da BAS, Andrew Meijers.

“É emocionante ver o A23a em movimento novamente após períodos de paralisação. Estamos interessados ​​em ver se ele seguirá o mesmo caminho que outros grandes icebergs que se desprenderam da Antártida”, disse Andrew, à BBC.

Maior iceberg do mundo avança para a ‘morte’

Pesquisadores da BAS acreditam que o A23a eventualmente deixará o Oceano Antártico e entrará no Oceano Atlântico, onde encontrará águas mais quentes e provavelmente se quebrará em icebergs menores e, eventualmente, derreterá.

A23a visto de cima

A23a tem 3.800 km²  – Foto: Capture North/ND

Agora, os cientistas estão examinando os impactos gerados pelos icebergs nos locais onde passam. No ano passado, coletaram amostras de água do mar ao redor do A23a.

“Sabemos que esses icebergs gigantes podem fornecer nutrientes às águas por onde passam, criando ecossistemas prósperos em áreas menos produtivas”, explicou a biogeoquímica Laura Taylor, que fez parte da equipe de coleta.

“O que não sabemos é que diferença determinados icebergs, sua escala e suas origens podem fazer nesse processo”, completou.

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