O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso neste sábado (14), no Rio de Janeiro. Ele é acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado e planejar o assassinato de autoridades.
A PF (Polícia Federal) aponta que o general é um dos principais responsáveis por uma tentativa de golpe de Estado que incluiu até o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
A prisão de Braga Netto acontece no contexto de uma investigação que já indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, suspeitos de envolvimento em crimes como tentativa de golpe, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Conforme a PF, Braga Netto participou da produção e aprovação de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O esquema anterior ao que seria o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes em dezembro de 2022, antes da posse presidencial.
Crimes de Braga Netto
Segundo a investigação da PF, a proposta do plano foi apresentada em uma reunião na casa de Braga Netto, em 12 de novembro de 2022.
A PF afirma que, caso as mortes ocorressem, os generais Augusto Heleno e Braga Netto seriam colocados como líderes de um gabinete de crise para controlar a situação.
O general também é acusado de usar táticas de “milícias digitais” para atacar oficiais contrários à iniciativa, como o general Freire Gomes e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior.
Outro ponto levantado pela investigação é o financiamento das ações ilegais. Braga Netto teria repassado dinheiro vivo a militares, incluindo os chamados “kids pretos”.