Quase 16 mil habitantes de Santa Catarina vivem em casas de improviso, construídas com madeiras aproveitadas de tapumes, embalagens e andaimes. Os dados constam na pesquisa do IBGE, Características dos Domicílios, divulgada nesta quinta-feira (13).
Os 15,8 mil habitantes representam 0,21% da população que mora em Santa Catarina. No entanto, a porcentagem é a 11ª maior do Brasil e supera a média nacional, de 0,14%.
As maiores proporções de casas de improviso ocorrem em Roraima (1,0%) e Acre (0,7%), e as menores no Ceará e Rio Grande do Norte (0,01%).
Com relação às casas com paredes de madeira, o estado ocupa a sexta posição do país, com 15,7% moravam em domicílios de madeira. O percentual é quase quatro vezes maior que o nacional (4,1%), o equivalente a 1,2 milhão de pessoas morando nesses domicílios no estado em 2022.
O índice é só menor que as de estados no Norte: Acre (40,8%), Rondônia (28,8%), Amazonas (26,4%), Amapá (25,9%) e Pará (19,4%).
Moradores catarinenses de casas de alvenaria ou taipa correspondem a 83,5%, dos quais 77,5% nos que tinham revestimento nas paredes.
Na contramão do improviso, metade de população de SC vive em casa de até nove cômodos
Metade da população de Santa Catarina vive em casas de seis a nove cômodos, apontou a pesquisa do IBGE. O levantamento revelou que são cerca de 3,8 milhões de moradores do estado nesta condição, 50,8% dos habitantes.
Segundo o IBGE, todos os municípios de Santa Catarina têm, na sua maioria, moradores que vivem em residências com até nove espaços diferentes.
O percentual é superior ao nacional (44,4%) e terceiro do Brasil, perdendo apenas para Minas Gerais (54,6%), Piauí e Espírito Santo (51,6%).