Foi na seleção que ele liderou a melhor geração que o Brasil já teve nas quadras. Amaury foi o grande destaque do time bicampeão mundial de basquete – em 1959 e 1963. Amaury Pasos, um dos maiores jogadores de basquete da história do Brasil, morre aos 89 anos
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Morreu nesta quinta-feira (12), aos 89 anos, Amaury Pasos, um dos maiores jogadores de basquete da história do Brasil.
Quando a foto apareceu no telão, o ginásio ficou em silêncio. Amaury Pasos foi homenageado no Clube Atlético Paulistano e no Corinthians, pelo Novo Basquete Brasil. A passagem pelo clube foi tão marcante que virou busto, bem na entrada de onde ele acostumou a torcida às grandes exibições.
Amaury Pasos jogou no Corinthians e em outros clubes. Mas foi na seleção que ele liderou a melhor geração que o Brasil já teve nas quadras. Ele foi o grande destaque do time bicampeão mundial de basquete – em 1959 e 1963 -; eleito o melhor jogador do campeonato nas duas conquistas.
O Paulista foi campeão mundial com Amaury, em 1963.
“O basquete brasileiro hoje perdeu a sua principal peça, e o Amaury além de ter sido todo jogador que foi, era meu amigo pessoal, sempre foi aquele jogador referência. A equipe que ele jogava, seja ela qual for, era campeã”, diz o campeão mundial de basquete em 1963.
Ao lado de outras estrelas daquela época, conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos – em 1960, em Roma, e 1964, disputado em Tóquio. Também foi tetracampeão sul-americano. E, em 2007, Amaury foi um dos primeiros brasileiros a entrar para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete.
Amaury faleceu nesta quinta-feira (12), um dia depois de completar 89 anos. A causa da morte não foi divulgada. Amigos e parentes velaram o corpo do ex-jogador na tarde desta quinta-feira em São Paulo.
Durante o dia, uma série de homenagens. Oscar Schmidt, o segundo maior cestinha da história do basquete mundial, disse ao GE que “Amaury foi muito importante para elevar o nosso basquete a outro patamar”. O ex-companheiro Wlamir Marques postou que “foram mais de 50 anos de parceria na vida e nas quadras. E que hoje se foi mais uma grande estrela da geração de ouro”.
Na página do Novo Basquete Brasil, uma comparação com o Rei do Futebol: “Morre o maior jogador de basquete brasileiro de todos os tempos. O nosso Pelé”.
“Eu não tive o prazer, a honra e a felicidade de vê-lo jogar, mas participei de um momento muito especial, que qualquer atleta pode almejar, que é entrar no Hall da Fama da FIBA, Federação Internacional de Basquetebol”, conta Hortência, campeã mundial de basquete e prata nos jogos olímpicos de 1996.
“Ele é o maior de todos os tempos, e não é só pelos números e pelas conquistas, mas também pelo que representou para as gerações seguintes. É importante a gente saber quem nós fomos para saber aonde a gente quer ir. E nós fomos muito grandes por conta do Amaury entre outros grandes jogadores”, diz Marcelinho, ex-jogador da seleção brasileira de basquete.