Situação teria piorado depois que o Teatro Castro Alves (TCA) fechou após incêndio. Segundo a direção do local, ainda não há previsão para a reabertura da Sala Principal. Produtores culturais de Salvador reclamam da falta de espaços para eventos na capital baiana. A situação teria piorado depois que o Teatro Castro Alves (TCA) fechou por causa de um incêndio. Segundo a direção do local, ainda não há previsão para a reabertura da Sala Principal.
Fernanda Bezerra é produtora cultural e há meses tenta achar um local pra uma exposição de arte em Salvador e não consegue.
Dode Meirelles também é produtor cultural, mas atua principalmente com música. Ele deixou de trazer shows de grandes artistas nacionais para a capital baiana.
Há quase três meses desde que a Sala Principal do Teatro Castro Alves e a Sala de Coro foram desativadas, após o incêndio que atingiu principalmente o teto do TCA, no dia 25 de janeiro. Foram mais de 12 horas de combate as chamas.
Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) que não foi criminoso o incêndio que atingiu o Teatro Castro Alves, o mais importante da Bahia. No documento, a polícia não detalha, por exemplo, o que iniciou as chamas.
No dia do incêndio, testemunhas contaram que o fogo teria iniciado no teto de uma sala onde bailarinas ensaiavam. As primeiras vistorias apontaram que as chamas começaram na cobertura do teatro onde um serviço estava sendo executado e havia presença de material inflamável, como fibras e resinas.
O Teatro Castro Alves tem capacidade pra 1.554 espectadores na sua sala principal e 200 na Sala do Coro. Sem o principal teatro e equipamento de cultura do estado a Associação Baiana de Produtoras de Eventos (Abape) da Bahia estima que até novembro mais de 100 espetáculos deixem de ser realizados.
De acordo com a Abape, atualmente Salvador tem em funcionamento cinco espaços culturais:
Concha acústica – 5 mil pessoas;
Teatro Jorge Amado – 400 pessoas;
Teatro Módulo – 282 pessoas;
Teatro Vila Velha – 400 pessoas;
Teatro Molière – 70 pessoas.
Entre os teatros fechados, além do Castro Alves, estão:
Teatro Sesc (fechado para reforma durante a pandemia);
Teatro Isba (fechado antes da pandemia);
Teatro Castro Alves (fechado por causa do incêndio);
Teatro Acbeu (demolido em 2021).
De acordo com o diretor do TCA, Chicco Assis, ainda não há previsão para reabertura da Sala Principal. Já a Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Matos disse que tem espaços disponíveis para realização de todo tipo de espetáculo e que está em fase de estudo a construção de um teatro municipal com capacidade maior.
Para os produtores de cultura, a falta do TCA revela que Salvador e a Bahia têm carência de espaços para receber arte, teatro e outros eventos culturais.
Reforma no TCA
Neste sábado (15), a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) anunciou que o projeto de reforma da Sala Principal do TCA vai passar também por uma atualização tecnológica, normativa, técnica e de acústica durante a reforma.
Segundo a Secult, esta obra já estava prevista no projeto de requalificação e ampliação do complexo do TCA, e foi adiada por causa da pandemia. A secretaria disse, ainda, que o incêndio, em janeiro, provocou uma urgência para a garantia dessa reforma, que ainda não tem prazo para ser concluída.
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Produtores culturais de Salvador reclamam da falta de espaços para eventos
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