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Mais de 1,2 mil crianças e adolescentes ficaram órfãos de um dos pais por ano desde 2021 no MA


O levantamento inédito abrange o período de 2021 a 2024. A Covid-19 foi responsável por pelo menos um oitavo da orfandade no estado.
Adriano Soares/Grupo Mirante
Mais de 1,2 mil crianças e adolescentes de até 17 anos, ficam órfãos por ano de pelo menos de um dos seus pais no Maranhão, de acordo com um levantamento dos Cartórios de Registro Civil. Em todo o país, a cada ano, mais 44 mil crianças e adolescentes ficam órfãs de um dos seus genitores.
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O levantamento inédito abrange o período de 2021 a 2024, quando foi possível cruzar dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com o registro de nascimento dos seus filhos. Até metade de 2019, não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento, inviabilizando os dados.
Os dados mostram que, em 2021, a Covid-19 foi responsável por pelo menos um oitavo da orfandade no estado, onde cada 123 crianças perderam seus pais por conta da doença, totalizando 1.031 órfãos.
Em 2022, foram registradas 1.138 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto, em 2023, houve um aumento dos números, chegando a 1.539 órfãos. De acordo com a Arpen, até outubro deste ano, 1.467 pessoas, até 17 anos, perderam um dos pais. O número deve superar os dados do ano passado.
Quando consideradas apenas crianças e adolescentes que ficaram órfãos dos dois pais, os números variam. Em 2021, foram 19; em 2022 foram 30; em 2023 foram 27 e até outubro deste ano, 23 órfãos.
Covid-19
De acordo com o levantamento, desde 2019, a Covid-19 deixou 160 crianças órfãs de pelo menos um dos seus pais no Maranhão.
Em todo o país, se forem consideradas doenças correlacionadas ao coronavírus, tais como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), Insuficiência Respiratória e causas indeterminadas, o número pode chegar a ao menos 463 crianças órfãs.
O estudo aponta que, ao menos uma criança, perdeu os dois pais devido a Covid-19. O número pode ser ampliado a 5, se forem consideradas outras doenças relacionadas a Covid. Há também um aumento no número de órfãos em razão do falecimento dos seus pais em doenças como infarto, AVC, sepse e pneumonia, que também estão relacionadas a pandemia nos últimos anos.
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