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Manifestantes vão às ruas de Israel no 15º sábado de protestos contra reforma do Judiciário


Proposta de Benjamin Netanyahu prevê que decisões do Parlamento, que hoje é ultraconservador, possam se sobrepor às da Suprema Corte. Medida é apontada como um meio de levar o país a um modelo autoritário. Manifestantes protestam em Tel Aviv contra reforma do Judicário proposta por Benjamin Netanyahu, em foto de 15 de abril de 2023
Jack Guez/AFP
Milhares de israelenses protestaram nas ruas de Tel Aviv neste sábado (15), na 15ª semana seguida de manifestações contra a reforma judicial promovida pelo governo do premiê Benjamin Netanyahu. A medida é considerada uma ameaça à democracia do país.
“Salvemos a democracia”, diziam algumas faixas, entre uma onda de bandeiras israelenses. Alguns manifestantes acenderam sinalizadores e latas de fumaça, relataram jornalistas da AFP.
Outros protestos, com menor número de participantes, também foram registrados nas cidades de Jerusalém, Haifa (norte) e Modiin (centro), em frente à casa do ministro da Justiça, Yariv Levin.
A proposta de Netanyahu aumenta o número de representantes do governo em um comitê que aprova indicados para a Suprema Corte. Além disso, ela prevê que as decisões do Parlamento, que hoje é ultraconservador, possam se sobrepor às da Suprema Corte.
O governo alega que a medida vai equilibrar os poderes entre o Parlamento e a Suprema Corte, que é apontada como politizada pelo governo. Já os opositores consideram que a reforma pode levar o país a um modelo autoritário.
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Desde que a reforma foi anunciada, em janeiro, dezenas de milhares de pessoas se manifestam semanalmente para denunciá-la.
Em 27 de março, o governo formado em dezembro por Netanyahu anunciou uma “pausa” legislativa para dar uma “chance […] de diálogo”.
Manifestantes protestam em Tel Aviv contra reforma do Judicário proposta por Benjamin Netanyahu, em foto de 15 de abril de 2023
Jack Guez/AFP
“Todos estamos cansados e não queria vir hoje, mas minha irmã me disse: ‘não temos opção’ e é verdade, não temos opção, não podemos baixar a guarda, precisamos defender o nosso país”, disse Karen Baron, uma psiquiatra de 45 anos.
Os protestos deste sábado ocorreram um dia depois de a agência de classificação financeira americana Moody’s anunciar que rebaixou a perspectiva de crédito de Israel de “positiva” para “estável”.
De acordo com a agência, esta mudança reflete “uma deterioração da gestão de Israel, como mostram os acontecimentos recentes devido à proposta de governo para reformar o sistema judicial”.
Manifestantes protestam em Tel Aviv contra reforma do Judicário proposta por Benjamin Netanyahu, em foto de 15 de abril de 2023
Jack Guez/AFP

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