Documento, batizado de Operação 142, previa anulação das eleições, uso de tropas militares para “ações diretas”, substituição de todos os ministros do TSE e anulação de atos do STF. Manuscrito estava na mesa de um assessor do general. Manuscrito batizado de Operação 142 apreendido com assessor de Braga Netto em investigação sobre tentativa de golpe de estao
Reprodução/Polícia Federal
A Polícia Federal apreendeu com um assessor de Braga Netto um manuscrito batizado de Operação 142 que tinha como objetivo final que Lula (PT) não subisse a rampa do Palácio do Planalto após a a vitória na eleição de 2024.
O documento estava em uma pasta denominada “memórias importantes” e estava na sede do Partido Liberal (PL), na mesa do coronel Peregrino, asessor do general Braga Netto.
A Operação 142 – uma referência ao artigo 142 da Constituição, interpretado indevidamente como um dispositivo que autorizaria um intervenção militar no país – prevê um conjunto de 6 etapas para, segundo a PF, “implementar a ruptura institucional após a derrota eleitoral” de Jair Bolsonaro (PL).
A operação previa interrupção do processo de transição, anulação de atos do Supremo Tribunal Federal, preparação de tropas para ações diretas, anulação das eleições, prorrogação de mandatos, substituição de todo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e preparação de novas eleições.
A etapa final, batizada de Estado Final Desejado Político, estabelecia que “Lula não sobe a rampa”.
Esta reportagem está em atualização.