A Controladoria-Geral da União (CGU) aplicou uma multa de R$ 6.994,71 à igreja evangélica Assembleia de Deus de Goiânia – Ministério Cristo Para Todos, devido ao envolvimento em um esquema de propina que beneficiou o ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro. O caso, popularmente conhecido como Pastores do MEC, investigou a influência de líderes religiosos no Ministério da Educação, permitindo que agissem como lobistas para obter vantagens indevidas.
De acordo com a CGU, a igreja infringiu a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013). Entre as irregularidades apontadas estão a custeio de passagens aéreas para o ex-ministro e a inclusão de sua imagem em bíblias como forma de retribuição pelos benefícios obtidos junto ao MEC. A denúncia inicial surgiu após prefeitos relatarem que um pastor ligado à instituição teria solicitado propina em troca de facilitar a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O escândalo culminou na prisão de Milton Ribeiro em junho de 2022, em uma operação da Polícia Federal. O caso revelou a existência de um suposto “gabinete paralelo” no MEC, liderado por líderes religiosos, que intermediavam decisões e recursos financeiros de maneira irregular.