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Guerreiro do fim de semana ou 5 minutos por dia: atividade física traz impactos mesmo fora do ‘padrão’


Sejam cinco minutos ou cinco horas, o importante é se movimentar. Corrida de 12 minutos costuma ser exercício cobrado em testes de aptidão física (TAF)
Unsplash/Reprodução
Não é segredo para ninguém que a prática de atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde. Mas e quem não tem tempo e não consegue encaixar o exercício na rotina? Estudos apontam que mesmo quantidades modestas de exercício podem ter impactos significativos na saúde, desde redução do risco de arritmias cardíacas e declínio cognitivo até o controle da pressão arterial.
Você tem cinco minutinhos?
Um estudo publicado na revista Circulation revelou que apenas cinco minutos de atividade física mais intensa (como subir escadas) pode ter impacto na redução da pressão arterial. A pesquisa destacou que mesmo atividades casuais podem contribuir para o controle da pressão.
Além disso, substituir entre 20 e 27 minutos diários de comportamento sedentário por atividades físicas mais intensas pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares em até 28% na população.
“Seja qual for sua capacidade física, não demora muito para ter um efeito positivo na pressão arterial. O que é único sobre nossa variável de exercício é que ela inclui todas as atividades semelhantes a exercícios, desde correr para pegar um ônibus ou uma curta tarefa de bicicleta, muitas das quais podem ser integradas às rotinas diárias”, disse Jo Blodgett, primeira autora do estudo.
A hipertensão é uma das principais causas de morte prematura no mundo e atinge quase 30% dos brasileiros. O descontrole da pressão arterial é o principal fator de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
60 minutos para cuidar do coração
Que tal adicionar uma hora de atividade física moderada por semana na sua rotina? Pesquisadores da NYU Langone Health descobriram que essa horinha a mais está associada a uma redução de 11% no risco de fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum.
Segundo o estudo, atividades simples como caminhadas rápidas, tarefas domésticas ou uma corrida leve foram suficientes para reduzir o risco.
Os participantes que tiveram uma média entre 2,5 e 5 horas por semana de exercícios mostraram um risco 60% menor de desenvolver a fibrilação atrial. Pessoas que fizeram mais de 5 horas de exercício tiveram uma redução um pouco maior: 65%.
“Nossas descobertas deixam claro que você não precisa começar a correr maratonas para ajudar a prevenir fibrilação atrial e outras formas de doença cardíaca”, disse o cardiologista Sean Heffron, autor sênior do estudo.
Manter-se moderadamente ativo pode, ao longo do tempo, somar grandes benefícios para manter um coração saudável.
Fim de semana também vale
Publicado no British Journal of Sports Medicine, um estudo mostrou que também vale ser um “atleta” de fim de semana.
Os pesquisadores descobriram que aqueles que se exercitavam uma ou duas vezes por semana apresentavam um risco 25% menor de desenvolver comprometimento cognitivo leve (condição que costuma anteceder a demência) em comparação com indivíduos sedentários. A redução de risco foi semelhante à observada em participantes que se exercitavam três ou mais vezes por semana.
O estudo estima que, em teoria, 13% dos casos poderiam ser evitados se todos os adultos de meia-idade se exercitassem pelo menos uma ou duas vezes por semana.
Segundo os autores, o exercício pode aumentar as concentrações de fatores neurotróficos derivados do cérebro [moléculas que dão suporte ao crescimento e sobrevivência dos neurônios] e a plasticidade cerebral. A atividade física também está associada a maior volume cerebral, maior função executiva e maior memória.
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