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‘Glicked’ é o novo ‘Barbenheimer’? ‘Wicked’ e ‘Gladiador 2’ se confrontam nas bilheterias


Estreia próxima dos dois filmes trouxe novos debates entre cinéfilos, marqueteiros e criadores de memes para recriar o mesmo movimento e trazer “mashups” diferentes. Initial plugin text
Após “Barbenheimer” virar um marco na cultura pop, cinéfilos, marqueteiros e criadores de memes têm tentado recriar o mesmo movimento, pesquisando a agenda de lançamentos de filmes em busca de “mashups” diferentes.
A contraprogamação (quando dois filmes são exibidos ao mesmo tempo) de “Barbie” e “Oppenheimer”, transcendeu as redes sociais e se transformou em um boom financeiro. Isso porque em vez de “um ou outro”, os dois filmes acabaram se complementando e impulsionando um ao outro nas bilheterias (veja valores mais abaixo).
Agora, o novo foco dos fãs – ou cinéfilos – é criar o “Glicked”, uma mistura mais sonora dos filmes “Gladiador 2” e a adaptação musical da Broadway “Wicked”.
Os dois grandes lançamentos de estúdio (da Universal e da Paramount, respectivamente), chegam ao público com títulos de “um nome”, tons e estéticas opostos, além de uma energia de serem um grande sucesso de bilheteria.
Não à toa, uma série de “mashups” já haviam sido sugeridos nas redes, desde “Wickiator” e “Wadiator”, até “Gladwick” e até mesmo o surpreendente “Gladicked”.
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“‘Glicked’ é um pouco mais sonoro”, disse o ator Fred Hechinger na exibição de “Gladiador 2” em Nova York na última semana. “Acho que todos nós deveríamos nos unir em torno de ‘Glicked’. Fica muito confuso se você tem quatro ou cinco nomes diferentes para isso”, completou.
Assim como “Barbenheimer”, “Glicked” também tem uma divisão entre o masculino e o feminino que torna a arte produzida pelos fãs ainda mais boba. Uma é rosa e brilhante e inundada de brilhos, tule, sucessos da Broadway e marcas associadas, enquanto a outra é marcada por suor, areia, sangue e músculos salientes.
Ambos os filmes lideraram a pesquisa de filmes de fim de ano mais aguardada da Fandango (empresa norte-americana de venda de ingressos), na qual 65% dos entrevistados disseram que estavam interessados no filme duplo “Glicked”.
Cinemas grandes e pequenos também estão se esforçando com adaptações temáticas de filmes. A rede de cinemas norte-americana B&B, por exemplo, terá guardas romanos rasgando ingressos na entrada de cinemas de algumas regiões e baldes de pipoca com a máscara do personagem Maximus, de “Gladiador 2”.
Outras redes de cinemas dos EUA também têm iniciativas. A Marcus Theatres, por exemplo, está fazendo fotos de Oz e pulseiras da amizade, enquanto na Alamo Drafthouse surgem casos de pessoas que cantam junto com o filme. Essa última rede ainda tem uma bebida denominada “Defying Gravi-Tea”, em alusão à performance “Defying Gravity” (“Desafiando a Gravidade”, na tradução literal) do musical de Wicked.
“Em vez de estar em competição, acho que eles estão em conversação”, disse Paul Mescal, estrela de “Gladiador 2”. “Esta indústria precisa de uma injeção de ânimo. Aqueles filmes deram isso no ano passado. Esperamos fazer isso este ano”, afirmou.
E a esperança é que o público vá aos cinemas para fazer parte desse momento também. É um influxo extremamente necessário de possíveis sucessos de bilheteria em um mercado que ainda está com um déficit de 11% em relação ao ano passado e 27,2% abaixo de 2019, de acordo com dados da Comscore.
“A competição é boa para o mercado. É boa para os consumidores”, disse Michael O’Leary, presidente da Associação Nacional de Donos de Cinemas dos Estados Unidos. “Ter dois grandes filmes estreando ao mesmo tempo é simplesmente um efeito multiplicador.”
“Glicked” é avaliado, atualmente, como um combo de estreias na América do Norte que pode faturar algo em torno de US$ 165 milhões (R$ 959 milhões), com “Wicked” previsto para arrecadar cerca de US$ 100 milhões (R$ 581 milhões) — acima das estimativas de US$ 80 milhões (R$ 465 milhões) — e “Gladiador 2” deve arrecadar algo na faixa de US$ 65 milhões (R$ 377,8 milhões).
“Barbenheimer”, por sua vez, estilhaçou as projeções em julho do ano passado. Naquele final de semana, as estimativas eram que “Barbie” faturaria US$ 90 milhões (R$ 523 milhões) e “Oppenheimer” US$ 40 milhões (R$ 232,5 milhões).
No fim das contas, no entanto, eles arrecadaram um total de US$ 244 milhões (R$ 1,4 bilhão) na estreia e quase US$ 2,4 bilhões (aproximadamente R$ 14 bilhões) até o final de suas exibições.
É possível que “Glicked” também exceda as expectativas. E tem a vantagem de outro gigante que vem logo atrás: “Moana 2”, que estreia apenas cinco dias depois nos Estados Unidos, na quarta-feira (27), antes do feriado de Ações de Graças por lá.
“Esses são 10 dias importantes”, disse O’Leary. “Isso vai mostrar ao público que vai ao cinema que há muita coisa atraente por aí para eles verem.”
Os novos filmes também custaram mais do que “Barbie” (US$ 145 milhões, ou R$ 842,8 milhões) e “Oppenheimer” (US$ 100 milhões, ou R$ 581 milhões).
Segundo relatos, “Gladiador II” custou US$ 250 milhões (aproximadamente R$1,5 bilhão), enquanto “Wicked” supostamente custou US$ 150 milhões (R$ 871,9 milhões) para ser produzido — isso sem incluir o custo do segundo filme, previsto para o ano que vem.
‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’: veja qual filme vence essa disputa nos cinemas
À esquerda, Denzel Washington participa da estreia global de ‘Gladiador II’ em Londres, Grã-Bretanha. À direita, Ariana Grande participa da estreia do filme “Wicked” no Dorothy Chandler Pavilion em Los Angeles, Califórnia.
Reuters/Mina Kim/ Mario Anzuoni
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