O percentual de catarinenses que leem livros é o maior do Brasil: 64%. O dado é resultado da Pesquisa Retratos da Leitura 2024, que percorreu 208 municípios e ouviu 5,5 mil brasileiros para conhecer os hábitos de leitura da população.
Realizado pelo IPL (Instituto Pró-Livro), o estudo mapeia característica como motivação para ler, condicções de acesso ao livro (impresso e digital) e intensidade de leitura. A ideia é contribuir na criação de políticas públicas que incentivem os brasileiros a mergulharem nas histórias.
Mais da metade da população do Brasil não lê livros
Em contraponto, pela primeira vez desde 2007, quando a pesquisa começou a ser realizada, a proporção de pessoas que não leram sequer um parte de um livro chegou a 53% em todo o Brasil.
Ainda, o relatório do estudo ressalta que livros de qualquer gênero, incluindo livros didáticos, bíblia e religiosos, nos três meses anteriores à pesquisa, são considerados.
Para o diretor do IPL, Sevani Matos, a investigação é uma forma de identificar os costumes de leitura e como melhorá-los.
“É um verdadeiro farol para compreendermos os desafios que enfrentamos na promoção da leitura. Um trabalho que reflete o compromisso com a transformação cultural do Brasil”, diz.
Entre as regiões, Sul tem maior percentual de leitores
Conforme dados desta edição da pesquisa, a Região Sul tem 53% de população que lê livros. É a maior porcentagem entre as regiões brasileiras. No entanto, houve uma queda já que, em 2019, número era de 58%.
As regiões Norte, Nordeste e Sudeste também tiveram redução no número de leitores. No Norte, a redução foi significativa: de 63% para 48%.
A Região Centro-Oeste foi a única que registrou um aumento, ainda que tímido, de leitores: de 46%, em 2019, para 47%, em 2024.
Conforme Sevani Matos, esses dados devem servir para na criação de políticas públicas de incentivo à leitura a partir das características de cada região.
“Este retrato detalhado tem sido essencial para orientar políticas públicas e inspirar ações concretas de incentivo à leitura e ao acesso ao livro, envolvendo tanto a sociedade civil quanto os governos”, ressalta.