Local é um dos espaços de Belém que estão no planejamento para obras da COP30. Canal São Joaquim transborda e moradores não conseguem trafegar no local
O Canal São Joaquim, que passa pelos pelos bairros do Maracangalha, Val-de-Cans, Pedreira, Sacramenta, Telégrafo e Barreiro, em Belém, está transbordando em alguns pontos há pelo menos três dias.
Segundo moradores da passagem Salvador, no bairro da Sacramenta, o local apresenta partes com poças de água e outras com lamaçal pois a água do canal aumentou em um nível considerável, o que não é comum na localidade.
Quem reside no local reclama da dificuldade em trafegar na passagem, além da sujeira acumulada pelo lixo que é levado pelo igarapé. Crianças também estão a todo esse tempo sem poder brincar na rua.
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canal São Joaquim transborda
Reprodução
Segundo o vigilante Luiz Gaia, que mora na passagem, eles não consideram as chuvas como fator para a situação, uma vez que ainda não estão intensas no estado.
A principal suspeita é de que houve um fechamento das comportas que ajudam no escoamento da água do canal, o que pode ter ocorrido por falta de repasses de valores da prefeitura de Belém para a terceirizada responsável pela manutenção do canal.
“Confirmamos com uma pessoa dessa empresa que o motivo é esse. A comporta está fechada o que impede que a água siga o curso necessário. Não é comum ficar cheio desse jeito, não nesse período”, afirma.
O g1 pediu um posicionamento para a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) e aguardava um retorno até a publicação da reportagem.
Local está incluído em obras para a COP 30
Uma das obras previstas para a COP 30 no Pará é o Parque Urbano Igarapé São Joaquim, que trata-se da revitalização do Canal São Joaquim. A ideia é criar o primeiro parque ambiental do gênero na América Latina.
O projeto da obra tem 5 quilômetros de extensão, da avenida Júlio César (bairro da Marambaia) até as margens da Baía do Guajará, e será dividida em quatro etapas, com orçamento de R$ 173 milhões (sendo R$ 23 milhões da Prefeitura de Belém).
A obra envolve os serviços de macro e microdrenagem, reurbanização, construção de pontes, espaços de visitação turística e urbanização. Serão contratados 2,9 mil trabalhadores e, após finalizada, a obra beneficiará cerca de 120 mil moradores que residem às margens do igarapé.
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