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Infraestrutura das rodovias catarinenses apresenta gargalos, aponta Comac-SC

Infraestrutura das rodovias catarinenses apresenta gargalos, aponta Comac-SC

Maior congresso municipalista de SC reuniu 5 mil pessoas para debater a situação das estradas catarinenses e contou a presença de prefeitos, deputados e entidades – Foto: Divulgação

As rodovias catarinenses enfrentam desafios que afetam a mobilidade e a segurança dos cidadãos. O Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac-SC), realizado em Balneário Camboriú entre os dias 6 e 8 de novembro, reuniu autoridades e especialistas para discutir a infraestrutura viária do Estado.

Durante o encontro, preocupações sobre a qualidade das rodovias foram amplamente debatidas. Foi apresentado um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com dados alarmantes: entre os dez trechos mais perigosos do Brasil, cinco estão na BR-101 catarinense.

O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, apresentou iniciativas como o programa Estrada Boa, que planeja um investimento de aproximadamente R$1,7 bilhão para a manutenção das estradas estaduais nos próximos dois anos.

O Comac-SC, que é organizado pela Federação Catarinense (FECAM), contou com a presença de mais de 5 mil participantes, entre prefeitos, deputados e secretários. Trata-se do maior encontro municipalista de Santa Catarina.

Análise da infraestrutura atual de Santa Catarina

A manutenção das rodovias federais em Santa Catarina é algo que merece atenção, principalmente ao se considerar o volume intenso de transporte de motoristas e de carga na região.

Atualmente, muitos trechos apresentam buracos, asfalto precário, fissuras na pista, sinalizações inadequadas e falta de acostamento. Isso prejudica não apenas a fluidez do tráfego, mas também a segurança dos motoristas. Investimentos em recuperação das estradas são necessários para atender ao fluxo elevado de veículos.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), as condições das rodovias federais catarinenses têm apresentado melhoras. Em dezembro de 2023, 46% dessas estradas foram avaliadas como boas de acordo com o Índice de Condição da Manutenção (ICM).

Contudo, há rodovias que ainda enfrentam desafios, como a BR-470, a BR-153, a BR-282 e BR-158 e o trecho da BR-163/SC à BR-282. Quanto às rodovias estaduais catarinenses, os dados são insatisfatórios, com 72% da malha pavimentada classificada como regular, ruim ou péssima.

Em contraste, somente 28% das rodovias estão em boas ou ótimas condições, como aponta a Confederação Nacional do Transporte.

Mais de cinco mil acidentes já foram contabilizados nas rodovias estaduais em 2024, ultrapassando o número total de incidentes do ano anterior. Esse crescimento suscita preocupações sobre a segurança nas estradas e os obstáculos que os motoristas enfrentam.

BR-101 tem alto número de acidentes

A BR-101, que é a segunda maior rodovia do país, conecta diversas cidades costeiras e facilita o fluxo de mercadorias e turistas. Balneário Camboriú, por exemplo, se beneficia dessa rodovia, recebendo um número significativo de visitantes durante a alta temporada.

A infraestrutura da rodovia catarinense na BR-101 tem sido objeto de estudo devido ao número elevado de acidentes. Este trecho em SC é um dos mais perigosos do país, tendo contabilizado 529 acidentes em 2023, segundo o SindiCarga.

A falta de manutenção adequada são questões apontadas como uma das causas. Além da preocupação com a prevenção de acidentes, investir na adequada infraestrutura da rodovia também é importante para a redução dos custos logísticos das empresas da região.

Melhorias e expansão da rede viária

As atuais discussões sobre a infraestrutura nas rodovias catarinenses incluem a necessidade de investimentos e projetos voltados para a melhoria das estradas que considerem a pavimentação e a fresagem, além de ações voltadas para a drenagem e roçada.

Os investimentos em pavimentação são um elemento-chave para tornar as rodovias catarinenses mais seguras, melhorar a fluidez do tráfego e reduzir acidentes. Já a fresagem é um processo que remove camadas deterioradas do asfalto.

O Comac-SC, que é organizado pela Federação Catarinense (FECAM), contou com a presença de mais de 5 mil participantes, entre prefeitos, deputados e secretários – Foto: Divulgação

Além disso, projetos de drenagem bem planejados evitam alagamentos e a deterioração do pavimento, de modo a impedir que a água se acumule nas pistas. Por sua vez, a roçada está relacionada ao controle da vegetação ao longo das margens, com objetivo de melhorar a visibilidade e a segurança dos motoristas.

Programa Estrada da Boa

O Programa Estrada Boa representa o maior investimento na infraestrutura de Santa Catarina, segundo a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade. O programa prevê a realização de 60 obras em todo o estado, abrangendo a restauração e revitalização de 1.504 km de estradas estaduais.

Atualmente, estão em execução 47 obras estruturais em todas as regiões de SC. Este programa visa revitalizar rodovias que há 30 anos não recebiam investimentos, como informa o governo do Estado.

O Programa Estrada Boa começou com um orçamento de R$ 2,165 bilhões, mas ultrapassou R$ 2,5 bilhões em projeções para as obras em andamento. O secretário da Infraestrutura Jerry Comper anunciou no Comac-SC que, nos próximos dois anos, o governo investirá cerca de R$ 1,7 bilhão na manutenção das rodovias estaduais.

Para saber mais sobre a FECAM, acesse o site oficial e as redes sociais.

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