Em maio, Trump foi condenado por fraude contábil ao ocultar um pagamento para comprar o silêncio da atriz Stormy Daniels. Como republicano foi eleito presidente, promotores acreditam que sentença só deve sair após os quatro anos de mandato. Donald Trump enfrentou Joe Biden em debate presidencial, em 27 de junho de 2024
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Promotores de Nova York, nos Estados Unidos, concordaram em adiar temporariamente a sentença de Donald Trump em uma condenação que envolve fraude contábil e uma atriz pornô. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (19) pela imprensa local.
Em maio deste ano, Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações por fraude ao ocultar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. Segundo as investigações, o republicano queria evitar impacto negativo na campanha presidencial de 2016.
Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos no dia 5 de novembro. Com isso, ele se tornou o primeiro presidente a ser eleito após ser condenado por um crime. Mesmo após seis meses da condenação, a Justiça ainda não divulgou uma sentença com uma pena ao republicano.
Diante da vitória de Trump, os promotores rejeitaram um pedido dele para que a condenação fosse anulada. De acordo com a imprensa norte-americana, a promotoria de Nova York reconheceu que dificilmente o republicano será sentenciado enquanto estiver na Presidência.
Em outras palavras, os promotores defenderam que a condenação seja mantida, indicando que uma sentença contra o presidente eleito só deva saia a partir de 2029 — após o fim do mandato.
Pela legislação atual, Trump não poderá concorrer à reeleição nas eleições de 2028. Isso porque a Constituição dos Estados Unidos só permite que uma pessoa exerça apenas dois mandatos como presidente, e o republicano já governou o país entre 2017 e 2021.