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G20 no Rio: quem são os líderes que participam da cúpula e como estão seus governos


Líderes de 19 dos 18 países que integram o G20 foram ao Rio para participar do encontro. Chefes de estado dos países do 20 que vêm ao Rio
Arte/g1
Joe Biden faz o “ato final” de seu governo em cúpulas mundiais, enquanto a mexicana Claudia Sheinbaum estreia nesse tipo de reunião. Já Javier Milei, da Argentina, chega como a “pedra no sapato”, e o alemão Olaf Scholz tirou uma folga da crise política que fez desmoronar seu governo.
Os líderes do G20 chegam à cúpula do bloco, que começou nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, com diferentes contextos em seus governos.
O encontro reúne 20 dos 21 líderes dos países e blocos que compõem o grupo, além de governantes de países convidados. A única falta foi a de Vladimir Putin, o presidente russo que tem um mandado de prisão internacional e, por isso, enviou seu chanceler.
Veja abaixo, além de Lula, quem são os líderes do G20 e as principais características de seus governos:
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha
Foto de arquivo mostra o chanceler alemão Olaf Scholz em 25 de outubro de 2023
Markus Schreiber/AP
O chanceler alemão — cargo que, na Alemanha, exerce o papel de chefe de governo — enfrenta o momento político mais desafiador.
A gestão de Olaf Scholz, no poder desde 2021, colapsou há duas semanas, depois de discordâncias com a ala liberal de seu governo, formado também por ecologistas e social-democratas.
Com a dissidência dos liberais, Scholz perdeu maioria no Parlamento, e as eleições no país, que ocorreriam em setembro de 2025, acabaram antecipadas para fevereiro.
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita
Mohammed bin Salman durante visita de autoridades americanas à Arábia Saudita, em 23 de outubro de 2024
REUTERS/Nathan Howard/Pool
Além de ser o primeiro na fila para a sucessão do trono na Arábia Saudita, bin Salman é também o chefe de governo do país. Ele foi nomeado ao cargo por seu pai, o rei Salman.
O premiê saudita, de 39 anos, promete uma renovação do governo de seu país, atualmente uma monarquia absoluta.
No contexto do Oriente Médio, o reino tem negociado com Israel o restabelecimento das relações diplomáticas. No entanto, as conversas foram suspensas após o início da guerra na Faixa de Gaza.
Recentemente, o príncipe herdeiro afirmou que Israel está cometendo genocídio contra o povo palestino.
Javier Milei, presidente da Argentina
GIF home – aperto de mão de Lula e Milei antes da cúpula do G20
g1
No poder desde o fim de 2023, Javier Milei vem sendo visto como a grande “pedra no sapato” da cúpula do G20 no Rio.
O mandatário argentino, aliado de Donald Trump, pode acabar atuando como “representante” do norte-americano e bloquear propostas de consenso entre o bloco na declaração final, como a menção à taxação de super-ricos.
Milei também chegou ao Rio em um momento de fortes tensões com o presidente Lula, visível no aperto de mão frio e distante que os dois deram na bertura da cúpula. Os dois governos divergem em uma série de questões e vêm trocando farpas diplomáticas desde o ano passado.
Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália
Lula cumprimenta Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, durante cúpula do G7 no Japão, em maio de 2023.
Reprodução/TV Globo
O trabalhista Anthony Albanese governa a Austrália desde 2022. Ativista focado na classe trabalhadora do país, tem relação de proximidade com Lula.
Recentemente, o primeiro-ministro se envolveu em uma polêmica por ter comprado uma casa à beira-mar, avaliada em quase US$ 3 milhões (R$ 17 milhões). Enquanto isso, a Austrália enfrenta uma crise devido à alta no preço de imóveis e do aluguel.
O caso deu força para a oposição, que está mirando nas eleições federais de maio do ano que vem. Já o partido de Albanese tentará se manter por mais três anos no poder.
A questão da moradia é um problema central na Austrália. Os preços dos imóveis subiram 32,5% em apenas quatro anos. Atualmente, o mercado imobiliário do país é um dos mais caros do mundo.
Albanese e Lula tiveram um encontro bilateral em maio de 2023, durante o G7. Na ocasião, os dois concordaram em ampliar as relações entre Brasil e Austrália.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá
Primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, discursa ao Parlamento nacional em 19 de setembro de 2023
Sean Kilpatrick/The Canadian Press via AP
O canadense Justin Trudeau também foi para a cúpula do G20 em meio a uma turbulência política, na carona da alta da inflação e do aumento do custo de vida.
Pela primeira vez desde que começou a governar o Canadá, em 2015, seu partido está em queda de popularidade, enquanto a sigla rival, conservadora, cresce. O país terá eleições em 2025.
O Canadá também vem se preparando para um aumento do fluxo migratório para o país, após Donald Trump vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos.
No primeiro mandato de Trump, milhares de pessoas fugiram dos Estados Unidos para o Canadá. Naquele período, o governo canadense teve dificuldades para administrar a entrada de imigrantes.
Agora, o governo diz que está em alerta máximo e “preparado para o pior”.
Trudeau tem boa relação com Lula, que o recebeu com um abraço caloroso na abertura da cúpula do G20.
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MILEI COMO ‘PEDRA NO SAPATO’, DESPEDIDA DE BIDEN: 5 assuntos para ficar de olho no encontro do G20 no Rio
Xi Jinping, presidente da China
Xi Jinping, presidente da China.
Getty Images via BBC
O líder chinês Xi Jinping é um dos principais nomes do G20. A China é uma forte parceira comercial da maior parte dos países do bloco, inclusive o Brasil.
Xi preside a China desde 2013 — é o líder mais longevo no cargo desde Mao Tse-tung — e, atualmente, cumpre seu terceiro mandato.
Quando foi reeleito, em 2023, prometeu modernização e tem evitado falar sobre Taiwan, ilha autônoma que Pequim reivindica como território chinês, para não entrar em choques diretos com o Ocidente.
Ao mesmo tempo, Xi tem adotado uma postura mais cautelosa diante dos conflitos globais. Mesmo sendo um forte aliado do presidente russo Vladimir Putin, o presidente chinês fez acenos à Ucrânia.
Atualmente, a China enfrenta uma desaceleração do crescimento econômico, influenciada pela forte crise no setor imobiliário. Além disso, o país enfrenta uma alta taxa de desemprego entre os mais jovens e baixo consumo interno.
Com a mudança de governo nos Estados Unidos, o governo chinês também se prepara para uma possível guerra comercial. Trump fez várias críticas à China durante a campanha presidencial e prometeu impor tarifas mais altas contra produtos chineses.
Durante a abertura da cúpula do G20, Xi defendeu mais cooperação com países da América do Sul.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos
Em Manaus, Biden assina proclamação que estabelece o Dia Internacional da Conservação em 17 de novembro.
Alexandro Pereira/Rede Amazônica
A cúpula do G20 no Rio será o “último ato” de Biden nos encontros internacionais. O líder norte-americano, que desistiu de concorrer à reeleição, entregará o cargo em janeiro para seu rival Donald Trump.
Biden, que manteve boa relação com Lula ao longo de sua gestão, aproveitou a visita ao Brasil para fazer alguns anúncios de fim de mandato.
Em Manaus, ele prometeu mais US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, valor que foi criticado por especialistas e considerado baixo diante de investimentos dos EUA em outras áreas, como guerras — só em ajudas militares à Ucrânia, Biden destinou mais de US$ 200 bilhões.
Também autorizou, segundo o jornal “The New York Times”, que a Ucrânia passe a usar mísseis balísticos norte-americanos em ataques à Rússia. Desde o início da guerra, Biden vinha evitando autorizar o uso do artefato, que a Rússia considera uma entrada direta de Washington no conflito.
Internamente, o governo Biden tem baixa aprovação dos norte-americanos. Entre os principais problemas do país estão o alto custo de vida e a imigração ilegal. Essas duas questões contribuíram para que a vice-presidente, Kamala Harris, perdesse as eleições para Trump.
Emmanuel Macron, presidente da França
Lula, Macron e Marina Silva em Belém
Ueslei Marcelino/Reuters
No G20, Macron está fazendo sua segunda visita ao Brasil durante o atual mandato do presidente Lula. Ele visitou o país em março deste ano, quando viajou para a Amazônia para anunciar um investimento bilionário em bioeconomia.
Dentro da França, Macron ficará no poder até 2027. Em junho, ele dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições após o avanço da extrema direita dentro do Parlamento Europeu.
As eleições francesas terminaram com uma vitória da frente ampla formada por uma união de partidos de esquerda. No entanto, nenhum dos grupos políticos conseguiu conquistar a maioria absoluta das cadeiras do Congresso.
Isso gerou problemas de governabilidade na França, com semanas de negociações entre os partidos para a escolha de um novo primeiro-ministro. Macron, inclusive, foi ameaçado com um processo de impeachment pela esquerda por não ter escolhido o nome indicado pela frente ampla para o governo.
No contexto internacional, Macron tem se posicionado como um forte defensor da Ucrânia e do combate às mudanças climáticas.
Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália
Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália
Tiziana FABI / AFP
Giorgia Meloni foi a primeira mulher a se tornar primeira-ministra da Itália. Integrante de um partido que tem como raízes o fascismo, Meloni tem apresentado seu governo como conservador e longe de extremismos.
A primeira-ministra italiana tem adotado uma postura firme pró-Otan e pró-Ucrânia, mesmo que os aliados dela tenham opiniões contrárias.
No governo, as políticas antimigratórias de Meloni chamaram a atenção do mundo. Recentemente, a Itália fechou um acordo com a Albânia para enviar imigrantes ilegais.
A Itália construiu dois centros de recepção na Albânia, com o objetivo de desviar imigrantes para um país que não faz parte da União Europeia. Grupos de direitos humanos criticaram a medida por restringir o direito de asilo de imigrantes.
Ao defender o acordo com a Albânia, Meloni disse que a Itália está dando um exemplo para o resto da Europa.
Lula e Meloni estão em lados opostos do espectro político. Mesmo assim, os dois já tiveram encontros bilaterais e demonstraram uma relação amistosa em público. Na recepção do G20, por exemplo, o presidente e a primeira-ministra se cumprimentaram com um abraço e beijos no rosto.
Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia
Narendra Modi busca o terceiro mandato consecutivo
Getty Images
Narendra Modi está no terceiro mandato consecutivo como primeiro-ministro. Ele chegou ao poder em 2014 e deve continuar governando a Índia até 2029.
O governo Modi tem altas taxas de aprovação e é marcado pela condução da transição da Índia de uma economia rural para industrial.
Nos últimos anos, a economia da Índia cresceu 7% ao ano. Além disso, mais de 500 milhões de indianos abriram contas bancárias, o que indica uma formalização econômica e aumento na arrecadação de impostos.
Ainda assim, grande parte da população da Índia vive na pobreza. O país também tem um alto índice de desigualdade social.
A gestão de Modi também está sendo marcada pelo avanço da Índia em pesquisas espaciais. Em agosto, o país enviou uma sonda para a Lua, se tornando o primeiro a conseguir pousar com sucesso no polo sul do satélite natural da Terra.
As relações entre Brasil e Índia se estreitaram nos últimos anos. Modi tinha um bom relacionamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro e vê Lula como um aliado dentro do grupo dos Brics.
Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, conversa com jornalistas em Seul
Song Kyung-Seok / Pool / AFP
Yoon Suk-yeol tem como desafios na Coreia do Sul os preços elevados das moradias, principalmente em Seul, além do aumento da desigualdade e do desemprego entre os jovens.
Outro problema sul-coreano é o baixo índice de natalidade. O governo tem investido bilhões de dólares todos os anos para estimular o nascimento de bebês. Ainda assim, o país se vê diante da possibilidade de uma crise demográfica.
Além disso, a Coreia do Sul está envolvida em uma escalada de tensões com a Coreia do Norte. Os dois países estão tecnicamente em guerra desde a década de 1950 e são separados por uma zona desmilitarizada.
Recentemente, as duas Coreias suspenderam um acordo assinado em 2018 para reduzir as tensões e evitar uma escalada militar. De lá para cá, os dois países fizeram exercícios militares e trocaram ameaças.
Shigeru Ishiba, primeiro-ministro do Japão
Primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, durante evento em Tóquio em 12 de outubro de 2024.
Eugene Hoshiko/Pool via REUTERS/File Photo
Shigeru Ishiba assumiu o cargo de primeiro-ministro do Japão no início de outubro, após ser eleito como líder do governante Partido Liberal Democrático (PLD). Ele convocou eleições antecipadas com o objetivo de consolidar seu governo, mas terminou sem maioria no Parlamento.
O índice de popularidade do governo Ishiba está pouco acima de 30%, mas as pesquisas mostram que a maioria da opinião pública considera que ele deve permanecer no cargo.
O primeiro-ministro tem defendido medidas para aumentar os investimentos militares no Japão. Ishiba, inclusive, já foi ministro da Defesa.
Recentemente, ele defendeu a criação de uma aliança que funcionaria como a Otan da Ásia, com a participação dos Estados Unidos e a presença de tropas americanas no Japão.
Abdel Fattah Al-Sisi, presidente do Egito
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi durante conferência no Cairo, na sexta-feira (19)
Handout/Egyptian Presidency/AFP
Abdel Fattah Al-Sisi está no terceiro mandato como presidente do Egito. Ele chegou ao poder um ano depois da destituição do então presidente islamista Mohamed Morsi, que perdeu o cargo por influência do Exército e manifestações populares.
Há anos o Egito vive uma instabilidade política e econômica. Em 2016, o governo de Al-Sisi lançou um programa drástico de reformas econômicas para a obtenção de um empréstimo de US$ 12 bilhões por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mesmo assim, o país enfrentou forte desvalorização da moeda e inflação, o que afetou famílias pobres e de classe média.
No contexto da crise no Oriente Médio, Abdel Fattah al-Sisi tem atuado como mediador entre Israel e o Hamas. O Egito teve um papel fundamental na retirada de estrangeiros da Faixa de Gaza, por ser a única saída possível por terra sem ser Israel.
Lula, que esteve no Egito em fevereiro deste ano, convidou Al-Sisi para retornar ao Brasil em 2025 com uma comitiva de empresários. Durante o G20, os dois assinaram um documento de parceria estratégica.
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido
Keir Starmer, novo premiê, discursa no Reino Unido nesta sexta-feira (5).
Phil Noble/Reuters
Keir Starmer foi escolhido como primeiro-ministro do Reino Unido em julho deste ano. À época, o Partido Trabalhista derrotou o Partido Conservador com ampla vantagem.
Starmer assumiu o governo com o objetivo de recuperar a confiança dos eleitores no poder público, que foi afetada por uma série de escândalos e políticas sem resultados.
Além disso, o Reino Unido tem lutado com alta inflação e crescimento econômico lento, que reduziram o poder de compra dos britânicos.
Outros pontos importantes debatidos pelo governo britânico são o controle das fronteiras para impedir a chegada de imigrantes ilegais ao país, além das longas filas no sistema público de saúde.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
Ursula von der Leyen comemora após ser reeleita presidente da Comissão Europeia, em Estrasburgo
Johanna Geron/Reuters
Ursula von der Leyen foi reeleita para a presidência da Comissão Europeia em julho. Com isso, ela terá um segundo mandato de cinco anos no braço Executivo dos 27 países da União Europeia.
A presidente conseguiu a reeleição após costurar um acordo com a bancada ambientalista do Parlamento Europeu. Ela manifestou apoio a uma agenda de transição para uma economia verde.
Ex-ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen se impôs em diversas crises desde que assumiu o Executivo europeu. Na guerra da Ucrânia, por exemplo, foi fundamental para definir uma estratégia para encerrar com a dependência energética que a Europa tinha da Rússia.
Atualmente, a presidente continua trabalhando para garantir estabilidade na segurança da Europa, além de tentar controlar disputas comerciais com a China. Ela defende o fortalecimento dos investimentos em indústrias-chave e de defesa.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia
Erdogan em discurso de vitória
Murad Sezer/Reuters
Há 20 anos no poder, Recep Tayyip Erdogan viu seu partido sofrer uma dura derrota nas eleições municipais e estaduais de março deste ano.
O aumento da inflação no país, aliado a uma insatisfação crescente de eleitores islâmicos descontentes com o governo de Erdoğan, fez com que o partido do presidente perdesse o controle de Ancara e Istambul.
No contexto internacional, a Turquia é um país membro da Otan e apoia uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.
Em dezembro do ano passado, Erdogan comparou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler. O premiê israelense respondeu acusando o turco de cometer genocídio contra curdos.
Claudia Sheinbaum, presidente do México
Claudia Sheinbaum
REUTERS/Raquel Cunha
Claudia Sheinbaum é a primeira mulher eleita presidente do México. Ela assumiu o cargo em outubro deste ano.
Aliada do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, Claudia assumiu o governo do México com o objetivo de arrumar as contas públicas e fazer com que o país volte a crescer. Atualmente, o governo acumula o maior déficit orçamentário desde a década de 1980.
Além disso, o governo de López Obrador apostou na militarização da segurança pública. No entanto, em seis anos de mandato, o país acumulou 185 mil homicídios, um recorde nas últimas décadas. Um dos desafios da nova presidente é reduzir os índices de criminalidade.
Claudia também prometeu manter e ampliar os programas sociais criados por López Obrador, que ajudaram a reduzir a pobreza do México para uma taxa inferior a 40% da população.
Duas semanas após a posse da presidente, a Câmara do México aprovou a implementação da reforma judicial do país. Com isso, a população deverá escolher por meio de eleições quem assumirá cargos do Judiciário, incluindo os da Suprema Corte.
Luis Arce, presidente da Bolívia
‘As execuções sumárias no país angustiaram o presidente (Luis Arce, na foto). Elas representam o maior grau de desprezo pela vida das pessoas e indicam que o objetivo era eliminar o adversário’, informou o porta-voz da Presidência
Getty Images/Via BBC
Luis Arce assumiu a presidência da Bolívia em 2020, com o apoio do ex-presidente Evo Morales. No entanto, o bom relacionamento entre os dois se transformou em uma briga que ampliou a instabilidade política no país.
Em junho, militares tentaram dar um golpe de Estado para derrubar o governo de Arce. O presidente chegou a ser acusado por um comandante de ter planejado o próprio golpe, o que Arce negou.
Atualmente, a Bolívia também enfrenta uma grave crise econômica, que gerou uma onda de protestos pelo país. Com poucas reservas internacionais, o país tem enfrentado dificuldades para importar produtos básicos, como alimentos e combustíveis.
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