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Radioterapia: eficácia e rapidez no tratamento do câncer de próstata


Avanços tecnológicos diminuíram tempo de tratamento e aumentaram qualidade de vida dos pacientes. A radioterapia consiste em um tratamento ambulatorial, focal e não invasivo e é considerada uma das cinco principais estratégias terapêuticas para o câncer de próstata, junto com a cirurgia, a quimioterapia, a terapia hormonal e a vigilância ativa. O processo extermina as células cancerígenas da próstata e controla os níveis de PSA do paciente oncológico, sem a necessidade de internação hospitalar.
A depender do grupo de risco em que o paciente se encontra, o método pode alcançar a taxa de 95% de cura. Uma notícia ainda melhor é que a evolução tecnológica nesse tratamento tem diminuído a quantidade de sessões e, consequentemente, melhorado a qualidade de vida do paciente.
Na última década, homens a quem era recomendado a radioterapia recebiam o fracionamento convencional e levavam até nove semanas para concluir de 38 a 42 sessões consecutivas. A técnica mais moderna, ultra – hipofracionamento também conhecido como SBRT, concentra as doses necessárias em cinco sessões.
O consultor em radio-oncologia da Oncomed-MT, Antônio Cassio Assis Pellizzon (CRM 13878-MT | RQE 6683), ressalta que a eficácia do tratamento está diretamente relacionada à agressividade do câncer detectada em cada situação. “Caso o tumor esteja confinado na próstata e a pontuação de Gleason – índice que classifica a malignidade do tumor – marque até 7, a chance de cura pode variar entre 85 e 95%, caso o paciente seja de alto risco é preciso combinar os tratamentos ou avaliar outras estratégias”.
Dr. Antonio Cassio Assis Pellizzon, consultor em radio-oncologia da Oncomed-MT.
Assessoria
Outro dado importante é em relação aos efeitos colaterais. Segundo o especialista, de 15 a 20% de quem recebe o tratamento, sente algum tipo de reação. “Diferentemente de outros processos, a radioterapia é focalizada na próstata e possíveis efeitos colaterais se restringem a essa região”, explica. Os mais comuns são desenvolvimento de inflamações transitórias no reto, bexiga e uretra.
Apesar dos benefícios, alguns grupos devem evitar o tratamento. Dentre eles, estão pessoas que já receberam radioterapia na região pélvica, mesmo que para outros diagnósticos, e aqueles que adquiriram distúrbio recorrente de algum tratamento anterior, como pólipos e incontinência urinária.
Pós-radioterapia – O acompanhamento após tratamento é crucial na rotina oncológica. Quando se trata do acompanhamento da radioterapia, é recomendável que nos dois primeiros anos, sejam feitos exames a cada três a quatro meses para verificar a necessidade de complementar o tratamento. Nos próximos três anos, os exames devem ser semestrais e somente após cinco anos, deve-se realizar o PSA anualmente.
“A radioterapia possui uma boa aceitação entre os pacientes diagnosticados com câncer de próstata e por maiores que sejam os seus benefícios, é essencial que o acompanhamento continue após o tratamento, para garantir que o tumor tenha sido realmente extinto”, afirma o médico.
Diretor técnico responsável: Marcelo Benedito Mansur Bumlai CRM-MT 2663
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