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U20: Paes recebe a prefeita de Paris, Anne Hildalgo, em painel sobre mudanças climáticas e combate à pobreza


Paes destacou a situação das favelas do Rio e enfatizou que equívocos no setor da habitação fizeram com que a capital fluminense tivesse uma ocupação desenfreada. Prefeito do Eduardo Paes e a prefeita de Paris, Anne Hildalgo, no U20
Rafael Nascimento / g1
O prefeito do Eduardo Paes e a prefeita de Paris, Anne Hildalgo, participam de painel sobre mudanças climáticas no U20, que também discute o enfrentamento à pobreza e às desigualdades no mundo.
Paes ainda destacou a situação das favelas do Rio, que têm inúmeras peculiaridades, e enfatizou que equívocos no setor da habitação fizeram com que a capital fluminense tivesse uma ocupação desenfreada.
“As favelas do Rio não estão longes da cidade. Elas estão nas áreas mais nobres. A primeira favela do Brasil, o Morro da Providência, está a 5 minutos daqui. Mas, temos que democratizar os acessos aos mais pobres: saúde, educação, transporte, urbanização das favelas”, explicou Paes.
Em Paris, Anne Hidalgo afirmou que precisou tomar medidas drásticas para evitar e mitigar a poluição atmosférica em Paris. Hildalgo afirmou que assinou decretos para diminuir o trânsito na cidade.
“Quando assumi, a prioridade era a poluição atmosférica. Fizemos decretos que impediam as crianças de brincarem nas escolas no momento que o nível estava muito elevado. Em Paris você não tem mar como o Rio. Então, tínhamos que atacar o tráfego automotivo. De 10 anos pra cá, o tráfego diminui 40%, e a poluição 40%. Com isso, há 3 anos não assino mais decretos para crianças não brincarem nos pátios das escolas”, diz a prefeita.
Hidalgo lembrou que 20% das habitações da cidade são sociais, já que Paris é uma cidade com moradia cara e que o mercado imobiliário faz com que os mais carentes e a classe média sejam empurrados para as periferias, acarretando em um segundo problema, que é o deslocamento.
“Há 20 anos, desenvolvemos um programa para construir habilitação ao lado de Paris. A prefeitura comprou espaços para transformar em habitações populares. Houve uma oposição. Os conservadores não queriam pessoas carentes ao lado de pessoas ricas. Hoje funciona, mas houve resistência”, lembra Hidalgo.
Segundo Paes, atualmente há uma pressão do mercado brasileiro para cortes de verba para aqueles que mais precisam.
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