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Chefe da diplomacia da União Europeia propõe suspensão de diálogo com Israel


Proposta será apresentada aos ministros do exterior dos 27 países-membros em reunião na segunda-feira (18) e depende de aprovação unânime para se concretizar. Palestinos andam entre prédios destruídos no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 22 de fevereiro de 2024.
REUTERS/Mahmoud Issa/File Photo
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou na quinta-feira (14) que vai propor a suspensão do diálogo político com Israel, informou a agência Deutsche Welle (DW). Ele alega estar preocupado com violações de direitos humanos e do direito internacional cometidos pelo país no contexto da guerra.
A proposta será apresentada aos ministros do exterior dos 27 países-membros da União Europeia em reunião na segunda-feira (18), mas depende de aprovação unânime para de fato se concretizar – algo considerado improvável.
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Também na quinta, um relatório da organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) equiparou o deslocamento de civis em Gaza por Israel a “crimes contra a humanidade”. Além disso, um comitê especial das Nações Unidas afirmou no mesmo dia ver indícios de um genocídio em curso no território palestino.
Israel tem negado veementemente acusações do gênero, e reagiu ao relatório da HRW afirmando que não trava uma guerra contra as pessoas em Gaza, e que seu único propósito é “desmantelar o Hamas”, grupo palestino que controla a região.
Segundo o comitê, o cerco israelense a Gaza, o bloqueio do envio de ajuda humanitária à região, além de mortes e ataques direcionados contra civis, estavam “intencionalmente causando morte, fome e sérios danos”.
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O comitê conclui que as táticas de guerra israelense “são consistentes com as características de genocídio”. O grupo não esteve de fato em Gaza. Eles alegam que as tentativas de visitar a região foram ignoradas por Israel.
No fim de semana, a ONU já havia alertado que a fome era um problema iminente no norte de Gaza.
Guerra em Gaza
A guerra em Gaza foi deflagrada pelo atentado terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e terminou com o sequestro de outras mais 250 pessoas, das quais cerca de 100 ainda seguem em Gaza – parte delas, porém, já é dada como morta.
Israel reagiu ao ataque com uma ofensiva que, segundo autoridades ligadas ao Hamas, já deixou mais de 43 mil mortos.
Segundo a ONU, 1,9 milhão do 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados pelo conflito. Alguns relatam já terem sido forçados a mudar de lugar diversas vezes em busca de segurança.
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