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Colega que confessou ter matado cuidadora de idosos após ela se recusar a beijá-lo é indiciado por quatro crimes; veja quais


Segundo a investigação, Marcelo Bastos usou uma fita crepe para estrangular e matar Cintia Ribeiro. Crime começou a ser investigado após uma denúncia de desaparecimento do marido da vítima. Marcelo Junior Bastos Santos é suspeito de matar Cintia Ribeiro Barbosa, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
Marcelo Junior Bastos Santos, que confessou ter matado a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro, de 38 anos, após ela se recusar a beijá-lo, foi indiciado por quatro crimes, em Goiânia. O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, concluiu o inquérito policial do caso nesta quinta-feira (14). Veja os crimes apontados:
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Feminicídio
Ocultação de cadáver
Tentativa de estupro
Furto
“Ele matou a vítima estrangulada, isso gera o crime de feminicídio. Foi também indiciado por tentativa de estupro, que ele mesmo relata que tentou beijar a vítima à força. Responde também pela ocultação do cadáver em um lote vizinho, e também pelo furto das alianças e do anel de noivado da vítima, que foram encontrados dentro da carteira dele no momento em que foi preso”, disse o delegado.
O g1 solicitou à Defensoria Pública um posicionamento após o indiciamento de Marcelo, mas não obteve respostas até a última atualização desta reportagem.
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Sobre o caso
A delegada da Central de Flagrantes, Lara Soares, informou que o caso começou a ser investigado como um desaparecimento, denunciado pelo marido de Cíntia. O homem afirmou que levou a esposa para o trabalho, mas que ela não havia voltado para casa e nem atendia o celular.
Marcelo e Cíntia cuidavam do mesmo casal de idosos, no Setor Cidade Jardim, em Goiânia. Lara informou que, a princípio, Marcelo tinha dito à família dos idosos que Cíntia não tinha aparecido para trabalhar na última segunda-feira (4), dia do crime.
“A gente buscou câmeras do local e imediatamente nós vimos que ela realmente entrou na casa, então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, afirmou a delegada.
A investigadora acrescentou que o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas. Foi, então, que a Delegacia de Homicídios foi acionada.
Marcelo e Cintia trabalhavam juntos há dois dias. Alfama informou que havia terra remexida no quintal da residência onde a mulher trabalhava e que a cerca elétrica da casa estava repuxada.
“A Delegacia de Homicídios resolveu fazer o adentramento na casa vizinha e, quando entramos lá, infelizmente, nos deparamos com o corpo da vítima”, narrou.
Homem confessa como matou cuidadora de idosos estrangulada após ela negar beijo
Marcelo jogou o corpo de Cintia por cima do muro, depois de não conseguir enterrá-lo no quintal da casa onde a mulher trabalhava, de acordo com a investigação. Foi concluído que o indiciado agiu sozinho, com o apoio de uma cadeira, para jogar o corpo. Um vídeo mostra o momento da confissão dos crimes (veja acima).
Como foi
Em depoimento à polícia, Marcelo confessou que estrangulou Cintia com um golpe mata-leão, que é quando se coloca os braços em volta do pescoço da vítima, pelas costas, até provocar a asfixia e perda de consciência.
“Ele estrangulou a vítima com o mata-leão, achou que ela já tinha morrido e saiu para um outro cômodo. De repente, ele percebeu que ela retomou a consciência e tentou fugir”, narrou Carlos Alfama.
O delegado contou que Marcelo foi atrás de Cintia e desferiu um novo mata-leão. Em seguida, com a fita crepe usada para prender as fraldas dos idosos, ele a enforcou novamente.
“Ele estrangulou a vítima com essa fita crepe para garantir que ela viesse a morrer”, afirmou Alfama. No local onde Marcelo estrangulou a cuidadora pela segunda vez, a polícia encontrou muito sangue.
A perícia concluiu ainda que Cintia foi estrangulada com um pedaço de fio elétrico, arame e fita adesiva, conforme a Polícia Científica.
Quem era Cintia Ribeiro?
Cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, em Goiânia
Reprodução/Redes Sociais
Uma amiga de Cintia, que preferiu não ser identificada, contou que a mulher era muito querida pelo casal de idosos e trabalhava para eles há cerca de 6 anos. Cintia Ribeiro, que se casou na semana anterior ao crime, trabalhava com os idosos há cerca de seis anos e deixa o marido e quatro filhos.
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