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Ministros do STF veem anistia ao 8 de janeiro como enterrada após explosões em Brasília

Proposta vinha tramitando no Congresso apesar de ser considerada inconstitucional por juristas. Para integrantes do Supremo, novo atentado também acaba com articulação para reduzir as penas e deve acelerar a conclusão do inquérito que investiga a tentativa de golpe após a derrota de Bolsonaro em 2022. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog avaliam que as explosões na Praça dos Três Poderes noite de quarta-feira (13) são uma continuidade dos ataques de 8 de janeiro e enterram qualquer expectativa de anistia para os envolvidos naqueles ataques.
Apesar de considerado inconstitucional por juristas, a anistia vinha sendo discutida no Congresso em um projeto que perdoa as condenações dos participantes dos atentados e atinge todas as medidas de restrição de direitos (como prisão e uso de tornozeleira eletrônica).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vinha defendendo a aprovação da anistia, e contava com ela para tentar reverter a sua inelegibilidade.
As explosões de quarta devem, ainda, frear a articulação nos bastidores para que as penas aplicadas aos envolvidos no 8 de janeiro.
Para os ministros, o ato de quarta reforça que episódio de 2023 “não foi um domingo no parque” e segue alimentando extremistas de direita – para os quais a eleição Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos funcionou como um “estímulo geral” e uma “injeção de ânimo”.
O novo episódio deve, ainda, acelerar a conclusão do inquérito da tentativa de golpe de estado, do qual Bolsonaro é um dos alvos.
Caso vai ser investigado como terrorismo
Segundo a PF, as explosões de quarta vão ser investigadas como ato terrorista. Por isso, o inquérito aberto pela corporação vai ser tocado pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.
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