Crime aconteceu em abril deste ano, no bairro Juquehy, em São Sebastião (SP). No dia 30 de outubro, a Justiça determinou a prisão preventiva de Thiago Bally (PSDB), sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano na cidade do Litoral Norte de SP. A defesa entrou com pedido para revogar o pedido de prisão, mas a solicitação não foi acatada pela Justiça. Thiago Bally (PSDB), sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião.
Reprodução/Câmara de São Sebastião
A Justiça negou, nesta terça-feira (12), o pedido liminar da defesa de Thiago Bally (PSDB), vereador eleito em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, que solicitava a revogação da ordem de prisão contra ele. Bally está foragido da Justiça e é suspeito de ter envolvimento em um homicídio que aconteceu em abril deste ano na cidade.
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No documento, a defesa entrou com um pedido liminar, solicitando a revogação do pedido de prisão contra Bally e argumentou que a Justiça não tinha requisitos necessários para solicitar a prisão e que deveria ser levado em conta que o Thiago tem ocupação lícita e residência fixa.
Ainda no pedido, os advogados defenderam que a prisão seria “prematura e desproporcional”, alegando que não existem provas de que Bally teve participação no crime.
Na decisão, a relatora Fátima Vilas Boas Cruz, da 4º Câmara de Direito Criminal, afirmou que Bally “é suspeito de haver cometido o crime de homicídio qualificado” e que “encontram-se presentes provas da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria que bem justificam a decisão de decretação da prisão preventiva do inculpado”.
A relatora destacou ainda que a prisão “não significa ofensa ao princípio constitucional da presunção de inocência” e avaliou que para conceder a revogação do pedido de prisão, deveria haver “flagrante ilegalidade do ato ou no abuso de poder da autoridade”, o que, segundo a relatora, “não se verifica, no caso em análise, os requisitos necessários”, por isso negou o pedido de habeas corpus.
Com isso, Bally continua foragido da Justiça. Se localizado, ele será preso preventivamente. Até a última atualização desta reportagem, Bally ainda não havia sido preso.
O g1 tenta contato com a defesa de Bally. A matéria será atualizada casos os advogados se manifestem.
Nas redes sociais, Bally afirmou que “segue com toda convicção de que estará presente, em breve, na vida pública, na vida pessoal e na vida como Cristão”.
Ordem de prisão
A Justiça decretou, no dia 30 de outubro, a prisão preventiva de Thiago Bally (PSDB), vereador eleito em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, que é suspeito de ter envolvimento em um homicídio que aconteceu em abril deste ano na cidade.
Na decisão, a juíza Gláucia Fernandes Paiva, da Vara Criminal de São Sebastião, apontou que Thiago Alack de Souza Ramos, mais conhecido como Thiago Bally, “compareceu no local dos fatos minutos antes do crime, tendo sido demonstrado desentendimentos pretéritos com a vítima” — entenda mais sobre o caso abaixo.
O crime pelo qual Thiago Bally é investigado aconteceu na tarde do dia 6 de abril deste ano, em uma chácara localizada na Rodovia Doutor Manoel Hipólito do Rêgo, na altura do bairro Juquehy, em São Sebastião.
A vítima do assassinato é Victor Alexandre de Lima, de 22 anos. Segundo o relatório final de investigação da Polícia Civil, no dia do crime, Victor recebeu uma ligação e foi até o local denominado ‘Sítio Velho’.
No local, segundo o relatório, a vítima encontrou com Maiquel Douglas Pires Ferreira e negociava uma venda, quando foi atingido por dois disparos. Em depoimento para a polícia, Maiquel confessou que atirou contra Victor, mas alegou que agiu em legítima defesa. Maiquel está preso temporariamente e, nesta quarta-feira (30), teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, durante o andamento das investigações.
No depoimento para a polícia, Thiago Bally disse que esteve no local do crime minutos antes, mas alegou que parou para ajudar um carro que estava com problemas mecânicos. Ele afirma que chamou ajuda para o rapaz do carro e foi embora, negando ter envolvimento no assassinato.
No entanto, de acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Thiago mandou Maiquel matar Victor, pois havia recebido informações de que o jovem sequestraria a filha dele.
Na decisão desta quarta-feira, a juíza cita que “há presença de indícios suficientes nos autos a indicar a imprescindibilidade da prisão preventiva e a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão no caso em concreto”.
A magistrada apontou ainda que “se soltos, podem se evadir do distrito da culpa a fim de se furtar à responsabilidade penal”.
Thiago Bally (PSDB) foi o sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião, com 1.173 votos.
Nas eleições de 2022, ele também concorreu ao Legislativo da cidade, mas não foi eleito, ficando como suplente.
O g1 tenta contato com Thiago Bally e com a defesa de Maiquel Douglas Pires Ferreira. A reportagem será atualizada caso as partes se manifestem.
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