O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou nesta sexta-feira (8) uma suposta conspiração iraniana para assassinar o republicano Donald Trump, antes de ele ser eleito o próximo presidente do país.
Os documentos apresentados no Tribunal Federal de Manhattan alegam que um líder não especificado da Guarda Revolucionária Iraniana encarregou um contato, identificado como Farjad Shakeri, de desenvolver, em setembro passado, um plano para vigiar e, em último caso, matar Trump.
O agente iraniano também teria dito a Shakeri que, se não conseguisse definir o plano até essa data, o Irã suspenderia o seu plano até depois das eleições presidenciais, acreditando que Trump perderia e que seria mais fácil assassiná-lo.
De acordo com a denúncia, Shakeri, que está foragido, disse ao FBI que não tinha intenção de apresentar um plano para matar Trump dentro dos sete dias solicitados pelo líder iraniano.
As autoridades acreditam que ele esteja no Irã. “Existem poucos atores no mundo que representam uma ameaça tão grave à segurança nacional dos Estados Unidos quanto o Irã”, afirmou o procurador-geral Merrick B. Garland. O departamento norte-americano divulgou ainda que outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no plano foram detidas. São elas: Carlisle Rivera, também conhecido como Pop, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathon Loadholt, 36, de Staten Island, ambas residentes de Nova York. Acredita-se que o plano seria uma retaliação pela morte do comandante da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Qasem Soleimani, morto em janeiro de 2020 durante um ataque aéreo dos EUA ao aeroporto de Bagdá. Além disso, há a suspeita de que o Irã planejava também assassinar outros cidadãos que residem no território norte-americano.