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Tiroteio em Guarulhos: namorada e filho de empresário presenciaram ataque em aeroporto

Vinícius Gritzbach foi atingido com tiros de fúzilReprodução/ Redes Sociais

O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado nesta sexta-feira (8) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, chegou ao local acompanhado da namorada, após um voo de Goiás. Ele  foi morto na área externa do Terminal 2, pouco depois das 16h. (veja o vídeo). 

A polícia apura o caso como uma execução por queima de arquivo. Logo após o crime, a namorada de Gritzbach deixou o local correndo e foi localizada pela polícia às 19h20, em um carro de aplicativo. Ela já foi identificada e deve ser interrogada para contribuir com a investigação.

Pessoas próximas ao empresário revelaram aos investigadores que ele estava ciente de que pessoas ligadas ao PCC sabiam da sua colaboração com o Ministério Público e que temia por sua segurança. 

Gritzbach, que vinha delatando esquemas de lavagem de dinheiro operados pelo PCC, prestou depoimentos nos últimos seis meses, o último há cerca de duas semanas.

Filho do empresário também presenciou o ataque

O ataque ao empresário partiu de um veículo Gol preto, de onde homens armados com fuzis abriram fogo. O veículo foi posteriormente encontrado abandonado em uma comunidade em Guarulhos, com munições de fuzil e um colete balístico em seu interior.

O filho de Gritzbach estava no local e testemunhou o crime. Ele havia sido levado ao aeroporto por um dos quatro seguranças do empresário, que são policiais militares de São Paulo. O grupo de segurança havia tido problemas no trajeto, quando o carro em que estavam quebrou. Enquanto um dos seguranças seguiu para o aeroporto com o filho do empresário, os outros ficaram aguardando o conserto do veículo em um posto de gasolina.

A polícia já identificou os seguranças e apreendeu seus telefones, além de determinar que todos sejam ouvidos sobre as circunstâncias do crime.

Além de delator, Gritzbach era investigado em outros processos. Após conflitos com a facção criminosa, ele teria ordenado a morte de dois integrantes do PCC em 2021: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta,” e seu motorista, Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue.” As investigações também apontam que Gritzbach teria atuado em “tribunais do crime,” nos quais a facção decide punições e execuções internas.

Investigação em andamento

O crime, ocorrido fora das dependências do aeroporto, está sendo investigado pela Polícia Civil, com participação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia de Atendimento ao Turista (DEATUR). As autoridades devem fornecer mais detalhes ao fim do registro oficial do caso.

Em nota ao g1, o Ministério Público de São Paulo informou que havia oferecido segurança a Gritzbach em diversas ocasiões, mas ele recusou todas as ofertas. A defesa do empresário afirmou que aguardará o término das investigações para se pronunciar sobre o caso. 

Até o momento, os suspeitos seguem foragidos.

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