A vítima assassinada é o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do MP, que estaria entregando membros do PCC, além de ter mandado matar dois integrantes da facção. A polícia investiga o caso como execução. Vídeo mostra momento em que empresário jurado de morte pelo PCC é executado a tiros no Aer
Câmeras de segurança registraram o momento em que o empresário, delator do PCC ao Ministério Público, é morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A ação ocorreu às 16h03 no desembarque no Terminal 2 e a polícia investiga o caso como execução, queima de arquivo.
Pelas imagens, é possível ver que os dois atiradores estão encapuzados. A ação dura 15 segundos.
Os passageiros caminhavam tranquilamente com suas malas, quando no canteiro central da área de desembarque, dois homens armados e encapuzados saem do Gol preto e começam a atirar.
O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas o homem não resistiu aos ferimentos. Os tiros de fuzil partiram de um Gol preto, que estacionou em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Depois, o carro foi encontrado em uma comunidade próxima, em Guarulhos. Dentro do carro, foram encontradas munições de fuzil e um colete. Também houve outro tiroteio perto do Hotel Pullman, nas imediações do aeroporto.
A vítima assassinada no aeroporto é o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que era um delator do Ministério Público de São Paulo, que estaria entregando uma série de esquemas de lavagem de dinheiro do PCC.
Os feridos seriam dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada do aeroporto quando ocorreram os disparos. Segundo os investigadores, os três foram socorridos em estado grave.
Após desavenças, ele também teria mandado matar dois integrantes do PCC. Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021. Gritzbach é réu por esses crimes.
O Ministério Público diz que o empresário mantinha negócios na área de criptomoedas.
Tiroteio que matou empresário no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos
Reprodução
Gritzbach prestou depoimentos ao MP nos últimos seis meses, sendo o último há 15 dias. Ele era réu por lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões proveniente do tráfico. A maior parte dessas operações de lavagem era feita com a compra e venda de imóveis e de postos de gasolina.
Ele entregou vários esquemas, deu várias pistas de ilícitos cometidos e ainda ficou de entregar mais.
Ainda segundo as investigações, Vinicius chegou a ter influência grande em células do PCC, tendo participado inclusive de tribunal do crime, quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à facção.
Em março deste ano, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada com o MPSP. Entregou supostos esquemas do PCC e também denunciou esquemas de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo.
Como o crime foi na área externa do aeroporto, a Polícia Civil é responsável pela investigação, não a Polícia Federal. Com isso, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) estão no atendimento da ocorrência.
Os suspeitos seguem foragidos.
Vinicius Lopes Gritzbach, que foi executado no Aeroporto Internacional de SP.
Divulgação
Supreendido
Vinicius estava voltando de Goiás para São Paulo, acompanhado da namorada. Ele foi surpreendido quando pisou do lado de fora do aeroporto.
Vídeo mostra correria dentro do saguão do Aeroporto de Cumbica durante tiroteio
O filho teria testemunhado a morte do pai. O filho estava com um dos seguranças de Vinicius que, segundo as apurações preliminares, chegou sozinho ao aeroporto.
As investigações até agora mostram que Vinicius tem quatro seguranças, todos policiais militares de São Paulo. O carro em que eles estavam quebrou a caminho de Cumbica. Um deles pegou o filho de Vinicius e foi até aeroporto esperar por ele. Os outros ficaram com o carro quebrado em posto de gasolina.
Todos os quatro seguranças foram identificados e serão interrogados, a princípio, na delegacia do aeroporto de Cumbica, inclusive a namorada do empresário assassinado, que saiu correndo da cena do crime, antes da chegada da polícia.
Homem é morto a tiros no Aeroporto Internacional de SP
Homem é morto no Aeroporto Internacional de SP.
Arquivo pessoal
Vítima baleada no Aeroporto Internacional de SP.
Arquivo pessoal