A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal (PRTB), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, sob acusação de uso de documento falso. Segundo a PF, Marçal apresentou, durante o primeiro turno das eleições municipais, um laudo médico falsificado.
O documento falsificado foi apresentado contra o também candidato à prefeitura, Guilherme Boulos (PSOL). Ele alegava que Boulos teria um histórico de uso de drogas. Após a divulgação do documento, a PF abriu inquérito para apurar o caso.
Indiciamento de Pablo Marçal inclui declarações e informações controversas sobre o laudo
Em depoimento prestado nesta sexta-feira (8), Pablo Marçal foi formalmente informado sobre o indiciamento. Durante o interrogatório, que durou cerca de três horas, ele declarou que desconhecia a falsidade do documento e que o conteúdo teria sido recebido e publicado por sua equipe.
O laudo falso, que foi amplamente divulgado, apresentava o nome “Guilherme Castro Boulos”, com data de atendimento em 19 de janeiro de 2021. O documento incluía como suposto médico responsável “José Roberto de Souza”.
No entanto, conforme verificado no site do Cremesp, o registro profissional de Souza está inativo desde 2022. O Conselho Federal de Medicina também revelou que o médico consta como “falecido”.
O conteúdo do laudo detalha um diagnóstico supostamente relacionado a um “quadro de surto psicótico grave” de Boulos, recomendando atendimento psiquiátrico emergencial. Além disso, o exame toxicológico, descrito no documento, indicaria a presença de “benzoilmetilecgonina, cocaína”.