O presidente eleito dos EUA falou que esta será a ‘era de ouro dos Estados Unidos’: ‘É uma vitória magnífica para o povo americano que vai nos permitir fazer a América grande de novo’. Donald Trump, a equipe de campanha dele e seguidores acompanharam a apuração em um clima de festa na Flórida. A correspondente Raquel Krähenbühl foi uma das poucas jornalistas estrangeiras autorizadas a seguir a contagem.
Os apoiadores e a equipe de campanha já chegaram otimistas ao salão do centro de convenções para acompanhar a apuração. George resumiu a campanha em dois problemas: a economia e a fronteira.
“Os americanos estão fartos desses quatro anos”, disse um outro eleitor.
Os apoiadores dançaram ao som da música que marcou a campanha de Trump. Vestiram a melhor roupa de festa. Já nos primeiros minutos da apuração, Tim Murtaugh, um dos principais assessores da campanha, viu sinais positivos.
“Em todos os estados decisivos, o comparecimento geral é muito alto, o que é muito positivo para Donald Trump. E entre os principais eleitores de Kamala Harris, simplesmente não houve comparecimento”, disse.
Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos.
Carlos Barria/Reuters
Durante horas, apoiadores acompanharam a contagem de votos no centro de convenção de Palm Beach. O clima era de festa, e, à medida que os resultados saíam a favor de Trump, os apoiadores iam se animavam cada vez mais, aguardando a chegada do candidato republicano.
Quando foi anunciada a projeção da vitória de Trump no primeiro estado decisivo, a Carolina do Norte, o porta-voz da campanha, Jaime Florez, não teve dúvida:
“Agora estamos praticamente comemorando. É uma vitória importante do Partido Republicano, do presidente Trump. Faltam alguns estados, mas estamos dando quase como certo que vamos ter mais do que os 270 votos que precisam no Colégio Eleitoral”.
Depois veio a Geórgia, a Pensilvânia. O senador republicano Marco Rubio, aliado desde o começo da campanha e nome cogitado para o gabinete, comemorou:
“Eu sempre soube que ele ia ganhar”, afirmou.
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Até que, às 1h47, com as evidências de que venceria também no estado decisivo de Wisconsin, saiu a primeira projeção de que Donald Trump se tornaria presidente eleito. A plateia pulou, gritou, chorou.
Alguns minutos depois, às 2h20, Donald Trump chegou com a família, amigos, e os principais aliados e assessores.
“É um movimento como ninguém viu antes. Acredito que foi o maior movimento político de todos os tempos. Nunca houve nada assim neste país e, talvez, além. E agora isso vai atingir um novo nível de importância, porque nós vamos ajudar o país a se curar. Nós temos um país que precisa muito de ajuda. Nós vamos consertar nossas fronteiras. Nós vamos consertar tudo no país. E nós fizemos história por um motivo esta noite, porque superamos obstáculos que ninguém nunca achou possível”, declarou.
Donald Trump usou um tom otimista e falou que esta será a “era de ouro dos Estados Unidos”:
“A todo cidadão, eu vou lutar por você, pela sua família e seu futuro. Todo dia eu lutarei por vocês com cada respiro do meu corpo. Eu não vou descansar até entregarmos a América forte, segura e próspera que nossas crianças merecem e que vocês merecem. Esta será realmente a era de ouro da América. É isso que precisaremos ter. É uma vitória magnífica para o povo americano que vai nos permitir fazer a América grande de novo”.
Donald Trump volta à Casa Branca ao derrotar Kamala Harris
Jornal Nacional/ Reprodução
Ele comemorou a vitória no voto popular e a conquista de votos de diferentes classes e etnias:
“Vencer o voto popular foi bem legal. Vou te dizer, é um sentimento ótimo de amor. Eles vieram de todos os cantos: sindicalizados, não sindicalizados, afro-americanos, hispânicos americanos, asiáticos americanos, árabes americanos, muçulmanos americanos. Tivemos todos. E foi bonito”.
Trump reconheceu os desafios e prometeu cumprir suas promessas.
“É o trabalho mais importante do mundo. Assim como fiz no meu primeiro mandato – tivemos um ótimo primeiro mandato, meu ótimo, ótimo primeiro mandato -, eu vou governar com um simples lema: promessa feita, promessa mantida. Nós vamos manter nossas promessas. Nada vai me impedir de manter a minha palavra com vocês, o povo. Faremos a América segura, forte, próspera, poderosa e livre novamente”.
Trump encerrou o discurso em tom conciliador, com um pedido de união.
“Eu peço a cada cidadão na nossa terra que se junte a mim neste esforço nobre e justo. Chegou a hora de deixar para trás a divisão dos últimos quatro anos. É hora de nos unirmos”.
Jason Miller estava com Trump no palco. É um dos principais e mais antigos assessores dele. Foi surpreendido pelo tamanho da vitória.
“Não pensei que pudesse ser tão grande. A maneira como o presidente transformou completamente o Partido Republicano no partido dos afro-americanos, latino-americanos, asiático-americanos, árabe-americanos, homens, mulheres, jovens, velhos. Ele é brilhante. O partido que pode ajudar a todos”, comemorou Jason Miller.
O presidente da Câmara, o deputado Mike Johnson, também estava no palco. Ele foi perguntado sobre o que a vitória representa para o mundo:
“Nós vamos trazer paz por meio da força novamente. O presidente Trump vai restaurar nossa estatura no cenário mundial para que nossos aliados nos respeitem e nossos inimigos nos temam. E nós vamos acabar com essas guerras e proteger Israel”.
Donald Trump volta à Casa Branca ao derrotar Kamala Harris
Jornal Nacional/ Reprodução
A confirmação da vitória de Donald Trump veio às 5h30, hora local. Donald Trump passou o dia em Mar-a-Lago, com reuniões com a equipe, de olho na transição e no futuro governo.
A vitória veio depois de uma maratona intensa de comícios na reta final. Mas, ainda assim, o presidente eleito não conseguiu descansar muito nesta quarta-feira (6).
Donald Trump não saiu de casa, na Flórida, desde que voltou do discurso da vitória na madrugada. Ao longo do dia, ele mandou uma mensagem de agradecimento aos apoiadores e conversou com doadores que financiaram a campanha.
Trump também já está pensando nos integrantes do seu próximo governo. Durante as reuniões que teve nesta quarta-feira, uma das prioridades foi escolher quem vai ser o chefe da equipe de transição, que já começou a trabalhar no mesmo lugar onde funcionava a sede da campanha.
Agora, depois da vitória, os delegados se reúnem para confirmar os votos no dia 17 de dezembro. A posse está marcada para 20 de janeiro.
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