Karolina Vieira sofreu um acidente aos 39 anos de idade causando uma lesão na coluna, que provocou a perda dos movimentos da perna. Polícia Civil investiga o caso. Vídeo mostra momento em que motorista se recusa a transportar passageira cadeirante
A militar reformada da Força Aérea Brasileira, Karolina Vieira, de 44 anos, recorreu à polícia para registrar um boletim de ocorrência após um motorista por aplicativo desistir da corrida ao identificar que ela era cadeirante, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Um vídeo registrado pela câmera de segurança da casa da militar, mostra o momento em que ela se aproxima do carro acompanhada da filha e, ao tentar entrar no veículo, o motorista arranca (veja acima).
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O caso aconteceu no dia 11 do último mês de outubro. Já o boletim de ocorrência foi aberto no dia 29 do mesmo mês em uma delegacia do município.
À TV Anhanguera, a militar informou que essa não foi a primeira vez que foi recusada por um motorista, e desabafou sobre as inúmeras vezes em que foi vítima de discriminação por sua condição física.
“Eu voltei à estaca zero daquilo que eu trabalho todos os dias. Eu tenho pernas, mas eu não utilizo”, disse Karolina.
O g1 entrou em contato com a Uber para solicitar um posicionamento sobre o caso, mas não obteve respostas até a última atualização desta reportagem. Já à TV Anhanguera, a empresa afirmou que lamenta o ocorrido e que não permite qualquer forma de discriminação no aplicativo. Informou ainda que deve colaborar com as investigações e que está prestando apoio psicológico para a passageira.
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Imagens mostram momento em que motorista se recusa a transportar passageira cadeirante, em Luziânia
Arquivo Pessoal/Karolina Vieira
A militar sofreu um acidente aos 39 anos de idade, quando caiu de uma escada e teve uma lesão na coluna que provocou a perda dos movimentos da perna. Karolina precisava ir ao banco quando solicitou a corrida no aplicativo.
A passageira explicou ainda que a cadeira de rodas que utiliza é totalmente desmontável e que pode ser facilmente guardada dentro do carro. O caso foi registrado como discriminação de pessoa com deficiência em uma delegacia de Luziânia.
Segundo o documento, ao qual o g1 teve acesso, Karolina relatou em depoimento que o motorista ao vê-la, questionou se a cadeira de rodas também iria dentro do carro. Ao ser respondido que sim, o homem informou que não faria a viagem e arrancou com o carro.
A Polícia Civil investiga o caso. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do motorista até a última atualização.
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