Os dados integram a 10ª edição do Projeto Mapear e foram coletados, entre 2023 e 2024, durante operações com agentes da corporação.
As estatísticas incluem lugares como estabelecimentos comerciais, hotéis, motéis e postos de combustíveis às margens de BRs, que são avaliados em relação à probabilidade de ocorrências de violação de direitos da infância e adolescência. Em seguida, eles são classificados em diferentes níveis de alerta: baixo, médio, alto e crítico.
De acordo com o relatório, o território mineiro mais do que triplicou a fiscalização em comparação ao mapeamento passado, quando foram registrados 1.016 pontos de vulnerabilidade.
Situação no país
O estudo identificou 17.867 pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, o que representa um aumento de 83,2% em relação ao biênio anterior, com 9.653 indicações.
O Nordeste é a região com mais locais vulneráveis (6.532). Na sequência estão o Sudeste, com 5.041, o Sul, com 2.474, o Centro-Oeste, com 2.210, e o Norte, com 1.430.
O maior número de pontos de vulnerabilidade está concentrado na BR-116. As equipes identificaram 2.398 locais que podem representar riscos a crianças e adolescentes. Em segundo lugar está a BR-101, com 1.533 pontos de vulnerabilidade.
Apesar de o número indicar inicialmente um grande crescimento dos pontos, a PRF e a Childhood explicam que o dado reflete um acompanhamento maior da situação das estradas, “por meio de um monitoramento criterioso e rotineiro, e não um aumento em violência ou locais vulneráveis”.
Metodologia
O levantamento é realizado durante operações realizadas a cada dois anos. Os agentes da PRF de todo o país percorrem os 75 mil quilômetros de rodovias federais e identificam locais onde há circulação de pessoas.
Esses pontos incluem estabelecimentos comerciais como restaurantes, postos de combustível, oficinas mecânicas e meios de hospedagem, onde a possibilidade de violações de direitos da criança e do adolescente é avaliada.
Por isso, os locais mapeados no levantamento não são pontos de efetiva exploração sexual, mas, por suas características, representam níveis distintos de risco para a ocorrência do crime.
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