A teoria do apego foi desenvolvida pelo psicólogo britânico John Bowlby entre 1969 e 1980. Bowlby afirmou que os seres humanos têm uma tendência natural de buscar proximidade e contato com figuras de apego, principalmente em momentos de angústia ou perigo. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele estudou crianças que haviam sido separadas dos pais e descobriu que todas apresentavam comportamentos e respostas emocionais comuns: uma intensa necessidade de proximidade com seus cuidadores, especialmente em situações de estresse.
Bowlby percebeu que a qualidade do vínculo entre a criança e seu cuidador principal tinha grande influência no desenvolvimento emocional, moldando a maneira como a criança interagia com o mundo.
Estilos de apego e sua influência no mercado de trabalho
O estilo de apego determina como lidamos com os outros, com o estresse e a pressão, e como nos adaptamos ao ambiente de trabalho.
Os pesquisadores identificaram três tipos principais de apego que se manifestam no ambiente profissional, e que são influenciados pelas experiências passadas:
- Apego seguro: Pessoas com apego seguro sentem-se à vontade nas relações de trabalho, confiam nos colegas e superiores e se sentem valorizadas. Isso contribui para uma maior satisfação e desempenho no trabalho;
- Apego ansioso: Quem possui apego ansioso tende a ter altos níveis de ansiedade, busca aprovação constante e é sensível a críticas. Esse estilo pode resultar em problemas de autoestima, estresse e dificuldades nos relacionamentos profissionais;
- Apego evitativo: Indivíduos com apego evitativo preferem manter uma distância emocional dos colegas, o que pode dificultar a colaboração, a comunicação e a construção de relações sólidas.
O estilo de apego no trabalho não é fixo e pode evoluir com novas experiências e habilidades sociais. Entender o impacto pode beneficiar tanto os empregados quanto os empregadores, promovendo uma comunicação mais eficaz, melhor colaboração e um clima de trabalho mais positivo.