O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), retornou ao cargo de chefe do Poder Executivo do município, na manhã desta sexta-feira (1°), após 58 dias afastado. Salvaro esteve preso após ser detido na segunda fase da Operação Caronte, que investiga um suposto esquema de fraude nos serviços funerários. A solenidade de posse iniciou por volta das 9h30, no hall do Paço Municipal Marcos Rovaris.
Retomada ao cargo
Salvaro voltou à administração da cidade após decisão unânime da 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), que revoga parcialmente as cautelares. O político, pode, portanto, voltar ao cargo de prefeito e, por consequência, frequentar a prefeitura e qualquer outro órgão público de Criciúma.
Em seu discurso, o prefeito afirmou que o momento especial parecia a posse de um início de mandato. “Cumprirei, como diz a liturgia do cargo, a honra de passar a fixa de prefeito para aquele que o povo escolheu para dar continuidade. Mas hoje, a cidade de Criciúma tem de volta o seu prefeito, aquele que foi reeleito com a maior votação da história dessa cidade e uma as maiores de todo o território nacional”, afirmou.
A única restrição que Clésio Salvaro terá de cumprir é não falar sobre a Operação Caronte durante entrevistas. Na visão do comentarista político do Grupo ND, Upiara Boschi, o último ano da gestão foi determinante para a decisão.
“Os advogados do prefeito levaram a solicitação ao TJSC após entenderem que Clésio precisava fechar as contas, uma vez que o último ano de prefeitura é muito importante, já que determina os balanços finais que será julgado pelo Tribunal de Contas do Estado”, argumentou Boschi, durante sua participação no SC no Ar.
Clésio Salvaro foi preso na Operação Caronte
O agente político foi preso no dia 3 de setembro, em decorrência das investigações da Operação Caronte, que apuram um suposto esquema de fraude nos serviços funerários. No dia 26 do mesmo mês, o prefeito obteve liberdade condicional, mas com restrições, como monitoramento eletrônico, o qual também foi revogado com a nova decisão.
Ao todo, 10 pessoas foram presas preventivamente durante as diligências da Operação Caronte e 21 foram denunciadas pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).