O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou, na última quinta-feira (31), o pedido de prisão preventiva solicitado pela defesa da influenciadora e professora de linguística Cíntia Chagas contra o ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP).
No processo de separação, Chagas acusa o parlamentar de praticar abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de aproximadamente dois anos, encerrado em agosto deste ano, após três meses de casamento. Em setembro, ela obteve uma medida protetiva contra o deputado.
A decisão da juíza Danielle Galhano Pereira da Silva manteve as medidas cautelares contra Bove, ampliando-as e determinando que o parlamentar evite fazer qualquer menção direta ou indireta ao processo, assim como qualquer referência à ex-esposa e seus familiares em redes sociais ou outros meios de comunicação.
A magistrada advertiu Bove de que novos descumprimentos poderão levar à decretação de prisão preventiva.
Além disso, a defesa de Lucas Bove havia solicitado a revogação da medida protetiva, mas o pedido foi negado pelo TJSP. Os advogados do deputado afirmaram que recorrerão da decisão.
Em nota, o advogado Daniel Bialski, que representa Bove junto com os advogados Maurício Felberg e Camila Felberg, declarou: “Por seu total descabimento, como alertado pela defesa do Deputado, a juíza indeferiu o pedido de prisão preventiva e diversos pedidos apócrifos formulados pela pseudovítima.”
Segundo a defesa, o descumprimento das medidas cautelares por parte de Bove estaria relacionado a publicações e declarações na internet e em discursos na Assembleia Legislativa, e não a ações diretas contra Cíntia Chagas.
Além disso, os advogados pedem que o Tribunal aprecie medidas cautelares semelhantes a serem impostas à influenciadora, caso que deve ser decidido pela Justiça ordinária.
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