Origem das roupas íntimas remetem à Grécia Antiga; nem sempre elas foram apreciadas como algo belo ou essencial para a sensualidade. A 26ª edição da Feira de Lingerie de Juruaia começa na próxima quinta-feira (20), trazendo muitas novidades para o mercado de moda íntima nacional e internacional. Mas você já se perguntou como surgiram as lingeries?
Nem sempre as roupas íntimas foram apreciadas como algo belo ou essencial para a sensualidade. Na Grécia Antiga, berço dos primeiros registros das lingeries, as mulheres as utilizavam para sustentação dos seios através de faixas de tecido que eram amarradas em volta do tórax. Na parte de baixo, as peças conhecidas hoje como calcinhas, assemelhavam-se a fraldas de algodão.
Durante muito tempo a humanidade considerou que as áreas íntimas do corpo humano precisavam “respirar” e o uso de peças que encobriram especificamente tais regiões não eram consideradas necessárias. Sendo assim, até o final do século XIX, as mulheres utilizavam apenas chemises e espartilhos.
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Felinju 2023: Saiba como surgiram e como eram usadas as roupas íntimas no passado
Reprodução / Revista Glamour
Somente a partir de 1850, houve uma modernização na confecção das peças íntimas, através da estilista Herminie Cadolle, que revolucionou o mundo da moda com uma peça que visava maior conforto para as mulheres, se assemelhando muito aos modelos de roupas íntimas contemporâneas.
De acordo com a estilista e modelista de lingerie Sandra Regina da Silva Vieira, 43, no início do século XX as lingeries buscavam mais modelar o corpo seguindo os padrões daquela época.
“Os espartilhos eram extremamente apertados e desconfortáveis e hoje a regra mudou, a ideia é usar uma lingerie linda e que ao mesmo tempo seja confortável, que tenha qualidade e que valorize o corpo, sem querer mudá-lo ou moldá-lo”, comentou a estilista que há 28 anos trabalha na área.
A partir de 1920, as “camiknickers”, camisolas costuradas às calcinhas, se tornaram muito populares entre o público feminino até o período da Segunda Guerra Mundial, momento em que as mulheres começaram a se destacar no mercado de trabalho executando mão de obra que até então era majoritariamente masculina. Já na década de 50, as lingeries assumiram um papel importante na sensualidade feminina através do corset e cinta-liga, que apareciam sob as roupas.
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Somente nos anos 60 as confecções concederam às mulheres o direito de optarem pelos modelos que mais lhe agradavam e serviam de acordo com suas necessidades. Desde então, muita coisa mudou na moda íntima, como as matérias primas e confecções que trouxeram às mulheres os modelos das peças conhecidas hoje em dia.
Confecções apresentam novidades no último dia de Felinju, em Juruaia
Viola Jr.
Ainda de acordo com Sandra, ao iniciar a criação de uma nova coleção, a beleza das peças é a primeira questão a ser pensada.
“Antes de tudo, a lingerie tem que encantar os clientes. Na fase da modelagem dou atenção para o conforto que a peça precisa trazer, montar uma estrutura que tenha caimento perfeito no corpo, além de visar a facilidade para a produção em grande escala”, finalizou.
Felinju 2023
A 26ª edição da Felinju, a Feira de Moda e Lingerie de Juruaia (MG), acontece entre os dias 20 e 22 de abril. Ao todo, serão 66 estandes de expositores locais com as maiores novidades da moda íntima. A entrada é gratuita.
O tema desta edição é ‘Mulheres transformam’ e fará referência ao empreendedorismo feminino e à força criativa. A campanha trará exemplos reais de profissionais que atuam no polo “para homenagear mulheres, que vão desde modelistas, costureiras até vendedoras”.
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Felinju 2023: Saiba como surgiram e como as roupas íntimas eram usadas até chegar aos dias de hoje
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