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Mais de um mês após deslizamento de terra que deixou 8 mortos, famílias sofrem com o medo de nova tragédia


Segundo os moradores, a tragédia afetou o dia a dia da região. Além das mudanças, moradores convivem com com medo e ansiedade quando chove no local. Futuro incerto após deslizamento de terra preocupa famílias desalojadas em Manaus
Um mês após o deslizamento de terra que matou oito pessoas na Comunidade Pinto D´Água, bairro Jorge Teixeira, famílias que moram próximas ao local da tragédia sofrem com o medo.
Segundo os moradores, a tragédia afetou o dia a dia da região com as obras da Prefeitura de Manaus no local e os tapumes que foram colocados na Rua Topazio, via localizada na encosta do barranco que deslizou. O acesso dos moradores tem sido feito a pé.
Local do deslizamento mais de um mês após tragédia, em Manaus.
Jucélio Paiva/Rede Amazônica
“O carro de aplicativo vinha à nossa porta e agora não entra mais. O coletor de lixo também não entra aqui e temos que está deixando na esquina da escola, mas a diretora não está mais permitindo”, contou a dona de casa Andréia Almeida, que mora na rua Topázio.
Além das mudanças na rotina, a moradora conta que convive com medo e ansiedade quando chove no local. “Quando chove a gente fica preocupado, temos crise de ansiedade. Eu tenho três filhos e quando chove, eu fico desesperada com medo que a aquela tragédia volte a acontecer”, contou Andréia.
A moradora Amanda Amorim foi retirada da residência na Rua Topázio devido ao risco de desabamento. No local, além de ser moradia, funciona a metalúrgica da família.
“Já faz um mês que estamos vendo o pessoal trabalhar e só cavam. A gente quer solução e quer ser indenizado, porque pagamos água, luz e IPTU”, afirmou Amanda.
Laudo ainda não finalizado
Vista aérea do bairro Jorge Teixeira 14 dias após deslizamento deixar oito mortos em Manaus
Márcio Melo/Seminf
Segundo a Prefeitura de Manaus, o laudo sobre o que teria causado o deslizamento ainda não foi finalizado, no entanto, informou que o lixo jogado em toda a encosta do barranco pode ter sido um dos principais fatores para o desbarrancamento.
A prefeitura ainda informou que na região onde ficava a comunidade Pingo D’Água, 161 construções foram interditadas.
Cerca de 21 famílias que deixaram as casas foram incluídas no aluguel social e outras 70 estão morando em um residencial na Zona Norte de Manaus.
No local, trabalhadores atuam com máquinas pesadas para conter a erosão. O prazo para a conclusão da obra não foi informado.
Relembre o caso
Deslizamento ocorreu na Zona Leste de Manaus.
Carolina França/Rede Amazônica
O deslizamento ocorreu no dia 13 de março na Comunidade Pingo D’Água, na Zona Leste da capital, após a forte chuva que atingiu a cidade naquele dia.
Na parte de cima do barranco que cedeu, o acúmulo de lixo em uma lixeira viciada somado ao solo encharcado acabou ocasionando o acidente, segundo prefeito David Almeida.
Cerca de oito pessoas morreram no local. Das vítimas, mãe e filha foram encontradas mortas abraçadas. Pai e filho morreram na tragédia e uma família, de quatro pessoas de venezuelanos, também foram encontrados mortos.
O local onde ocorreu o deslizamento de terra não tinha um nome oficial e nem era reconhecido pelo poder público como área de moradia. Contudo, moradores batizaram o espaço de “Comunidade Pingo D’Água”, mesmo nome da única rua que dá acesso ao lugar.
Considerada uma ocupação irregular, conhecida como invasão, a comunidade habitava mais de 100 famílias.
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