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Al Jaffee, cartunista da revista ‘Mad’, morre aos 102 anos


Artista foi criador das páginas que mostravam novos desenhos ao serem dobradas. Ele morreu de falência múltipla dos órgãos na segunda-feira (10). Al Jaffee em imagem do dia 11 de outubro de 2011, em Savannah, Geórgia
Stephen Morton/AP/Arquivo
Al Jaffee, célebre cartunista da revista americana “Mad”, morreu aos 102 anos. A informação foi confirmada pela neta do artista, Fani Thomson, à agência de notícias Associated Press. Segundo a agência, ele morreu na segunda-feira (10), de falência múltipla dos órgãos, em Nova York.
O artista foi um dos principais colaboradores da publicação, voltada para adolescentes e pré-adolescentes.
Em 1964, ele criou a página dobrável: uma ilustração com um texto no interior da contracapa da revista, que à primeira vista trazia uma mensagem. Ao ser dobrada em três, tanto o desenho quanto o texto se transformavam em outro desenho, totalmente diferente do primeiro e muitas vezes inesperados.
Na primeira edição com a página dobrável, Jaffee fez uma brincadeira com a separação de Elizabeth Taylor, que deixava o marido, Eddie Fischer, para ficar com Richard Burton, com quem contracenou no filme “Cleópatra”. Na época, era a principal notícia das celebridades.
A página era para ser uma piada única, mas, com o sucesso, voltou nas edições seguintes.
O artista também ficou conhecido pela seção “Snappy answers to stupid questions” (“Respostas cretinas para perguntas imbecis”, na tradução em português), que mostrava tirinhas com perguntas óbvias e respostas mal-humoradas e sarcásticas.
Jaffee trabalhou até 2020, quando se aposentou aos 99 anos, e estabeleceu o recorde mundial como o cartunista com maior tempo em atividade pelo Guinness, com 77 anos de carreira.
O cartunista nasceu Abraham Jaffee (mais tarde mudou legalmente seu nome para Allan) em 1921, em Savannah, Geórgia. Seus pais eram judeus lituanos, mas sua mãe nunca se estabeleceu nos Estados Unidos e levou Al e seus três irmãos mais novos de volta à Lituânia por seis anos.
Seu pai o trouxe de volta para a América quando ele tinha 12 anos e ele começou a frequentar a High School of Music and Art em Nova York. Ele trabalhou para Stan Lee e para o New York Herald Tribune antes de entrar na Mad.
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