Um dia depois, Tribunal esclareceu que decisão divulgada não tratava de prisão preventiva. Desembargador responsável pelo despacho é pai de sócio de Moro. Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento na segunda (27) à Justiça Federal
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) disse nesta sexta-feira (14) que o desembargador Marcelo Malucelli, responsável pelos processos da Lava Jato na Corte, não determinou a prisão do advogado Tacla Duran.
O esclarecimento foi feito um dia após o tribunal divulgar que o magistrado havia restabelecido a ordem de prisão contra o advogado. Tacla Duran tem dupla cidadania – brasileira e espanhola – e vive em Madri.
“Em relação à decisão ela é eminentemente técnica e em nenhum momento tratou da prisão deste réu (Tacla Duran). Não foi decretada prisão dele. No mais trata de questões de sigilo. Isso inclusive já foi comunicado ao oficialmente ao STF”, disse Malucelli em nota nesta sexta.
Tacla Duran já trabalhou para várias empreiteiras alvo da operação, como Odebrecht, UTC e Mendes Junior. No mês passado, em depoimento à Justiça, o advogado e acusou o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) de extorsão e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) de perseguição.
Desembargador é pai de sócio de Moro
O desembargador Marcelo Malucelli é pai de João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do escritório de advocacia de Moro e da esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP). A informação é do colunista Lauro Jardim, do O Globo.
Em consulta na noite desta quinta-feira (13) à OAB-PR, João, Sergio e Rosângela Moro são sócios da “Wolff e Moro Sociedade de Advogados”.
De acordo com documentos da Justiça Eleitoral, nas eleições de 2022 João Malucelli também atuou como advogado nas campanhas de Rosângela e de Sergio Moro.
À reportagem o desembargador disse que não ter nada a comentar sobre o vínculo do filho com Moro. “Estão usando a pessoa dele para me atingir”, completou.
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