Estado atingiu marca no início de abril, quando também alcançou 3 milhões de casos de coronavírus. Especialistas tiram dúvidas sobre infecção, uso de máscaras e vacinação. O Rio Grande do Sul alcançou, no dia 6 de abril, o número de 42 mil mortes por Covid-19 em toda a pandemia. Um dia antes, o estado atingiu a marca de 3 milhões de casos de coronavírus.
Covid no RS – 13/04/2023
O g1 procurou especialistas para responder a 10 perguntas sobre a situação atual da pandemia. Veja abaixo.
Ao todo, 6,4 milhões de pessoas já tomaram ao menos uma dose de reforço, e a dose bivalente já é aplicada em maiores de 40 anos com doenças pré existentes. Com o avanço da vacinação, o número de casos graves e de mortes vêm diminuindo, conforme autoridades e especialistas.
Nesta reportagem, você confere:
As causas de infecções seguem as mesmas do início da pandemia?
Ainda é necessário usar máscaras? Em quais locais e situações?
Basta um contato com o vírus para pegar a doença?
Quem tem mais chances de pegar e transmitir o coronavírus?
Posso pegar Covid e não perceber?
Quais os sintomas das variantes atualmente em circulação?
Há risco de reinfecção? Nesse caso, os sintomas ficam mais graves? A imunidade aumenta?
Com quantas doses tenho o esquema vacinal completo?
Qual o intervalo entre uma dose e outra da vacina? E no caso da bivalente?
Tive Covid, posso me vacinar quanto tempo depois?
Veja as respostas:
1. As causas de infecções seguem as mesmas do início da pandemia?
O infectologista Eduardo Sprinz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que as causas seguem as mesmas, independente das variantes do vírus.
“As variantes vêm da seleção natural de uma população parcialmente imunizada. Então, as causas das infecções são as mesmas, independente das variantes”, afirma.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o coronavírus pode se espalhar pela boca ou nariz de uma pessoa infectada em pequenas partículas líquidas quando ela tosse, espirra, fala, canta ou respira.
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2. Ainda é necessário usar máscaras? Em quais locais e situações?
A infectologista Gynara Rezende afirma que sim, principalmente para pessoas com sintomas respiratórios e/ou diagnóstico de Covid e seus acompanhantes. A médica também cita pessoas que tiveram contato com caso confirmado nos últimos 10 dias, profissionais do serviço de saúde, além de visitantes e acompanhantes presentes nas áreas de internação de pacientes.
“Além dessas situações, a Prefeitura de Porto Alegre sugere que gestantes e pacientes imunossuprimidos (em tratamento oncológico, por exemplo), mantenham o uso de máscaras, bem como pessoas que frequentam instituições de longa permanência de idosos”, cita Gynara.
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Passageira de máscara aguarda ônibus em ponto de Porto Alegre
Maria Ana Krack/PMPA
3. Basta um contato com o vírus para pegar a doença?
Depende, explica o médico Eduardo Sprinz, da pessoa fonte do vírus e de o grau de proteção de quem está exposto a ela.
“A pessoa fonte, quanto maior for a carga viral nas vias aéreas, maior a chance dela transmitir. Quanto mais eu for exposto, maior vai ser a chance de eu me contaminar”, diz.
O especialista comenta que existe a possibilidade das vacinas bivalentes ajudarem na prevenção de contágios.
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4. Quem tem mais chances de pegar e transmitir o coronavírus?
A médica infectologista Bruna Gazoni de Souza, do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), afirma que “as pessoas que não fizeram a vacina ou não completaram seu esquema vacinal com as doses de reforço tem uma chance muito maior de adquirir e transmitir a infeção pelo coronavírus”.
“Mas qualquer pessoa, mesmo vacinada, pode pegar Covid. Lembrando que a vacina protege principalmente o desenvolvimento das formas mais graves da doença”, alerta a especialista.
Pacientes aguardam atendimento em unidade de saúde de Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
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5. Posso pegar Covid e não perceber?
Sim. “Os sintomas de Covid podem ser semelhantes a outras infecções respiratórias como as causadas pelo vírus influenza, sincicial respiratório, adenovírus e outros”, explica Gynara Rezende.
A médica infectologista ressalta que, além disso, a intensidade dos sintomas muda de acordo com a pessoa infectada. Por isso, a especialista diz ser necessário manter a investigação adequada mesmo quando o paciente apresenta sintomas respiratórios mais leves.
“Um paciente pode ter apenas coriza, enquanto outros podem apresentar tosse, falta de ar e febre, por exemplo”, diz.
Pacientes aguardam realização de teste de Covid em unidade de saúde de Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
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6. Quais os sintomas das variantes atualmente em circulação?
A médica Bruna Gazoni de Souza diz que os sintomas das cepas mais atuais não diferem muito daqueles apresentados por variantes anteriores.
“Cefaléia, dor de garganta, febre, tosse, coriza. Sintomas que se assemelham aos de uma gripe ou resfriado. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e muitas pessoas tem a infecção de forma assintomática”, diz.
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Teste de Covid aplicado na rede pública de saúde em Porto Alegre
Giulian Serafim/PMPA
7. Há risco de reinfecção? Nesse caso, os sintomas ficam mais graves? A imunidade aumenta?
Eduardo Sprinz, médico infectologista do Hospital de Clínicas, afirma que pessoas que já tiveram a doença ou quem já se vacinou previamente estão mais protegidas de formas mais graves da doença. No entanto, novas variantes podem provocar infecções em quem já teve Covid. A tendência, segundo o especialista, é que as o vírus tenda a se tornar mais transmissível e menos agressivo com o tempo.
“A gente não sabe qual vai ser a nova variante, se ela vai ser mais agressiva ou menos agressiva”, afirma o especialista.
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8. Com quantas doses tenho o esquema vacinal completo?
A médica Gynara Rezende lista as doses que completam o esquema vacinal para cada faixa etária:
Para pessoas de 12 a 39 anos, são indicadas duas doses das vacinas monovalentes e o reforço, com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses
Para adultos de 40 a 59 anos, o esquema vacinal é composto por duas doses e mais duas doses de reforço
Para idosos (60 anos ou mais), o esquema completo contempla duas doses e três doses de reforço, sendo que, atualmente, o terceiro reforço é com a vacina bivalente
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Jovem recebe vacina contra a Covid-19 em Porto Alegre
Cristine Rochol/PMPA
9. Qual o intervalo entre uma dose e outra da vacina?
O intervalo entre a primeira e segunda dose varia conforme a vacina aplicada:
Coronavac: um mês após a primeira dose
Pfizer: dois meses após a primeira dose
AstraZeneca: dois meses após a primeira dose
Janssen: não tem segunda dose
“Para aplicação do primeiro reforço, sugere-se intervalo mínimo de quatro meses a contar da última dose para vacinas Coronavac, Pfizer e Astrazeneca. Já para Janssen, o intervalo é menor, dois meses”, explica Gynara Rezende.
Já para a aplicação do segundo e terceiro reforços, “o tempo independe do tipo de vacina realizada anteriormente, sendo então padronizado intervalo mínimo de quatro meses”, diz a médica.
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Frasco de vacina bivalente contra a Covid-19 aplicada em Porto Alegre
Cristine Rochol/PMPA
10. Tive Covid, posso me vacinar quanto tempo depois?
“O paciente que teve diagnóstico de Covid-19 deve aguardar 30 dias, contando a partir do primeiro dia de sintoma, para realizar a vacinação”, alerta a infectologista Gynara Rezende.
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VÍDEOS: Tudo sobre o RS
RS chega a 42 mil mortes por Covid; veja 10 perguntas e respostas sobre a situação atual da pandemia
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